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Autor Tópico: 1950's Televisions  (Lida 5664 vezes)

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Offline SerraCabo

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1950's Televisions
« em: 07 de Março de 2021, 13:23 »
Não surpreende que fossem caros.




Offline blabla

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Re: 1950's Televisions
« Responder #1 em: 07 de Março de 2021, 14:28 »
Muito obrigado Serra Cabos.
Na minha família na geração anterior, existiam 4 técnicos de televisão, um deles foi o meu pai e por isso eu nasci tendo à volta o ambiente de uma oficina de TV, Rádio, Video e aparelhagens.
Por isso quando vi este vídeo que mostrava as televisões antigas por dentro, trouxe-me boas memórias de infância incluindo as válvulas e os chassis sem PCB’s ou com PCB’s mais simples.
Idos vão os tempos em que eu era muito bem pequeno e que o meu pai me dizia, vem cá, senta te aqui e dessolda este componente, tem cuidado não queimes os dedos :-D

Cumprimentos,
João

Offline KammutierSpule

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Re: 1950's Televisions
« Responder #2 em: 08 de Março de 2021, 15:09 »
Fico muito deprimido a ver estes vídeos. :)

Não me consigo enquadrar nesse tempo.

Já partilhei com alguém, que se vivesse nesse tempo, preferia dedicar-me se calhar a outra área do que trabalhar com essas tecnologias.
Claro, que isto sou eu a pensar, à luz da minha visão e posicionamento no tempo actual.

Depois deste filme, também me apareceu um vídeo de como funcionavam os leitores de vídeo "VCR".
A engenharia mecânica ali aplicada era de uma complexidade que não consigo entender, pensar hoje que tipo de produto seria comparável (ou desenvolver tal complexidade de produto).

Parece que antigamente estes produtos eram muito mais complexos ao nível de engenharia do que são hoje.

Por outro lado, faz-me lembrar também o desperdício de produtos que foram fabricados.

Muitas pessoas ainda tiraram partido do VCR, mas muitos que compraram já "em finais do tempo", ficaram com o caixote encostado... e depois compraram um leitor de DVDs, que agora também deve ter ficado encostado...

E se calhar daqui a uns tempos, já não temos de pagar as SetTopBoxes (ja é paga no serviço) nem a televisão, só temos de pagar o serviço e consumir publicidade...
(Como a ideia do carro eléctrico autónomo da Google, onde o objectivo é fazer com que os passageiros tenham disponibilidade para ir a consumir publicidade)


Offline SerraCabo

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Re: 1950's Televisions
« Responder #3 em: 08 de Março de 2021, 22:32 »
Reparei centenas de VCRs domésticos e alguns destes (umas dezenas):

... aquele com que mais tempo trabalhei:

Não tinha qualquer microcontrolador ou microprocessador (chamemos-lhes CPUs). Tinha um corrector de base de tempo digital, tudo a TTLs.



Tinha CPUs.



Tinha CPUs.



Não tinha CPUs e a memória do corrector de base de tempo era ANALÓGICA.



Não tinha CPUs



Não tinha CPUs



Tinha dúzias de CPUs e processadores de imagem.


Ainda tenho 3 U-MATIcs e 3 BetacamSP

De entre estes todos, há que salientar: Os Ampex eram electrónica e mecanicamente do melhor, os BCN (Bosch) eram excelentes, os restantes menos bem conseguidos mecanicamente.

Só para se ter uma ideia daquilo que os Ampex permitiam, trocar um jogo de cabeças de vídeo demorava menos de 5 minutos.

Praticamente não trabalhei com os mais espantosos:





Os primeiros 3 gravadores usavam este ADC:
https://www.ebay.com/itm/TRW-IC-TDC-1007-RARE-8-Bit-ADC-Vintage-Rare-Ceramic-Gold-64-Pin-Dip-w-Socket-/273411564638


Estou à espera de melhores dias para fazer uma série de vídeos sobre estes assuntos.

Abraço
SC







« Última modificação: 08 de Março de 2021, 23:03 por SerraCabo »

Offline SerraCabo

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Re: 1950's Televisions
« Responder #4 em: 09 de Março de 2021, 00:19 »
A malta às vezes arrepia-se com estas coisas, mas vejamos:

Naquela altura os circuitos não eram muito densos e, no caso dos gravadores de bobina (e alguns de cassete) não havia SMDs. Só bastante mais tarde apareceram.

Nos gravadores de bobina mais antigos, os ICs estavam montados em sockets banhados a ouro e as fichas das placas tinham os pinos que encaixavam na placa-mãe banhados a ouro.

Aquilo era de qualidade e o preço a  condizer.

Os PCBs já tinham cobre no furo e impresso dos dois lados, mas era relativamente fácil substituir componentes.

Para diagnosticar as placas, que ficavam enfiadas lado a lado, havia extensores. Removia-se a placa, colocava-se o extensor e engatava-se a placa no extensor. O extensor tinha circuito impresso para interligar a ficha da placa mãe à ficha da placa. Ligava-se a máquina (era assim que se lhes chamava) e diagnosticava-se. Havia manuais, vários canhanhos parecidas com listas telefónicas. Os manuais nada escondiam e tinham textos explicativos para cada circuito. Não eram exaustivom mas era bons. Havia diagramas de bloco para cada placa. É verdade que o circuito era extenso, mas o apoio era bom.

As placas tinham pontos de teste em pontos fulcrais (muitos) e bem assinalados. Os ajustes mais importantes estavam colocados de forma a poderem ser ajustados sem se retirar a placa (acesso frontal).

Havia uma 'ponte' de munição, com uma série de interruptores de pressão, ligada a um monitor de imagem,  a uma espécie de osciloscópio e um monitor de vectores (XY) que permitia 'meter-o-bedelho' no que se estava a passar em diversos estágios do equipamento. Havia aceso instantâneo à curvas de correcção dos servos do cabrestante, scanner, memória, tracking, nível de RF na fita, etc.

Aquilo estava feito para facilitar a manutenção.

Agora, quando dava raia, às vezes dava direito a directas e obter componentes rapidamente era um problema. Acontecia, por exemplo que uma máquina não gravava bem, usava-mo-la apenas para reproduzir. Vice versa se não reproduzisse mas gravasse. Caso uma não fizesse slow motion, fazia-se noutra.

Curiosidade, a primeira máquina era capaz de reproduzir simultaneamente à gravação. Era sempre possível saber-se se a coisa estava a ficar efectivamente gravada. O VPR-80 não fazia isso, mas O VPR-2B e o VPR-6 fazia. As BCN com que trabalhei não faziam.

Aquelas máquinas Ampex (USA) eram um luxo não só de mecânica como de qualidade do circuito. As BCN ficariam (na minha opinião) um pouco atrás, mas eram máquinas valentes.

Não havia dinheiro para placas de reserva, a reparação fazia-se substituindo os componentes.

Os motores da VPR2B e VPR80 eram do pipo panqueca, com escovas. O rotor tinha cerca de 1mm de espessura. Faziam dos 0 aos 100 num fósforo. De vez em quando tinham que ser desmontados para remover o pó das escovas. Era uma tarefa delicada.







SC
« Última modificação: 09 de Março de 2021, 00:23 por SerraCabo »

Offline SerraCabo

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Re: 1950's Televisions
« Responder #5 em: 05 de Abril de 2021, 14:20 »
Nos anos (82?) vi uma máquina destas na RTP. Tinha sido usada para fazer slow motion de futebol mas tinha os discos bem riscados. Entretanto apareceram máquinas de fita magnética (gravadores) capazes de fazer slow motion (BCN-51).



Neste outro vídeo sobre u7ma BCN-50 (sem slow motion) o gajo mostra (8:55) as placas da máquina incluindo o corrector de base de tempo com memória analógica! .. (as milhentas latas de bobina do lado esquerdo do bloco). Memorizava talvez 5 a 10 microsegundos de linha de imagem (não recordo ao certo).



Reparei tanto a BCN-50 como a 51. Excelentes manuais com esquemas a cores e desenho de circuito impresso a cores.

No caso da BCN-51 (já com memória digital)  era interessante ver a fita aos saltos durante o slow motion. Cada field era gravado em 6 pistas helicoidais lidas por uma cabeça (de cada vez porque quando uma lia a outra estava fora da fita a dar a volta).

Outra coisa que a BCN-51 fazia era o "visible shuttle" ver ( a preto e branco e com boa vontade) imagem enquanto se bobinava ou rebobinava.

Não encontro vídeos onde se veja a máquina em slow.




Já agora, da mesma época, farte-me de sofrer de volta destas câmaras. Problema? Falta de estabilidade.



Reparem que a câmara não é apenas o que parece porque dentro dela estão apenas os circuitos mais básicos: alimentação, varrimentos e pré-amplificadores. Tudo o resto ... está em cima da mesa.

O problema da falta de estabilidade agravava-se no nosso clima. Para a manter mais 'calma' trabalhava-se com as tampas laterais da câmara abertas e, frequentemente, com as polacas de circuito impresso igualmente abertas.


« Última modificação: 05 de Abril de 2021, 14:51 por SerraCabo »

Offline SerraCabo

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Re: 1950's Televisions
« Responder #6 em: 20 de Abril de 2021, 11:18 »
Outro vídeo interessante, embora eu nunca tenha ido à bola com Trinitron's (idem para Betamax's).



No fim do vídeo vêem-se gravadores em video cassete, mas não são Betamax's. São U-matic's (cassete com fita de 3/4 de polegada em largura).
« Última modificação: 20 de Abril de 2021, 11:26 por SerraCabo »