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Autor Tópico: Portugal na lista de países hostis à Rússia  (Lida 4507 vezes)

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Offline Njay

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Portugal na lista de países hostis à Rússia
« em: 07 de Março de 2022, 17:24 »
Agora que já lá estamos, na eventualidade improvável do putin decidir carregar num botão e enviar um ICBM às capitais ou maiores cidades europeias, ou simplesmente ameaçar fazê-lo, o que é que podemos fazer para nos protegermos? Vamos ficar reféns da "boa vontade" daquele individuo?

Offline jm_araujo

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Re: Portugal na lista de países hostis à Rússia
« Responder #1 em: 07 de Março de 2022, 17:33 »
A melhor solução é ir a correr para o ponto de  impacto previsto e esperar chegar lá antes que a ogiva, e garantir um fim rápido e sem complicações, ao contrário do que vai acontecer aos que sobreviverem...

Se acontecer uma guerra nuclear de larga escala (que teria de ser para bombardear este cantinho da europa) é o fim da espécie, só ficam as baratas (com sorte). As únicas opções que sobrariam é despachar a coisa rápido e com o mínimo de sofrimento (acima), ou esperar pelo fim por frio, fome, radiação ou efeitos da mesma.

« Última modificação: 07 de Março de 2022, 17:38 por jm_araujo »

Offline Njay

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Re: Portugal na lista de países hostis à Rússia
« Responder #2 em: 07 de Março de 2022, 19:26 »
A melhor solução é ir a correr para o ponto de  impacto previsto e esperar chegar lá antes que a ogiva, e garantir um fim rápido e sem complicações, ao contrário do que vai acontecer aos que sobreviverem... (...)

Hum... um ICBM leva só cerca de meia hora desde que arranca até que "aterra".... quando soubermos da vinda dele, já ele arrancou há um bocado portanto terás ainda menos tempo, e ainda é preciso perceber onde é que ele vai "aterrar". Acho que essa não será solução para a maioria das pessoas.

Será que deviamos investir em bunkers e tecnologia de vida debaixo da terra?
« Última modificação: 07 de Março de 2022, 19:28 por Njay »

Offline blabla

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Re: Portugal na lista de países hostis à Rússia
« Responder #3 em: 07 de Março de 2022, 21:17 »
Boas,

Vocês estão muito preocupados!

Desde que eu soube que um único míssil balísticos da Rússia e que deve representar um míssil normal moderno consegue destruir, veja-se não sobrar pedra sobre pedra, de uma só vez com os seus inúmeros veículos de reentrada (ogivas em trajetória balística) uma área equivalente à área da França. A Rússia tem cerca de 5700 ogivas nucleares, os Estados Unidos têm 5500, a China tem 350 a França 270, O Reino Unido não me lembro Israel tem 60 ogivas, a Índia também tem algumas e o Paquistão também.

Por isso até lá não se preocupem e se alguém premir o botão vai ser tudo muito rápido em todo o mundo mesmo em zonas como o Polo Sul, junto aos ursos polares e aos pinguins, pois a radiação na terra vai ser tão má de todas as explosões nucleares na atmosfera ao mesmo tempo que ninguém dura tempo nenhum.

Até lá abram um bom livro de eletrónica, de programação, de engenharia ou de ciência, contemplem aquilo que foi edificado em termos de conhecimento e de civilização, façam uns projetos porreiros e vivam a vossa vida alegremente, que infelizmente todos nós temos de ir um dia é a única coisa certa que temos!

Ainda hoje recebi a noticia de que este fim de semana um amigo meu e ex-colega  de outras andanças de 50 e poucos faleceu de ataque cardíaco inesperado e ele aparentemente não tinha problemas de saúde.

Coitadas estão as pessoas nas cidades da Ukrania a morrer por antecipação e de terror com bombardeamentos constantes de dia e de noite, já há bastantes dias, sem água, sem eletricidade, sem comida, ao frio e sem terminus da guerra à vista e caso conseguiram sobreviver tem de viver sobe o domínio Russo.

Se no tempo dos misseis de Cuba as coisas fossem um pouco diferentes, já não estava-mos todos cá.
Se quando ouve a avaria ou mal funcionamento do sistema de detecção do ataque de misseis nucleares Russos o soldado que estava no turno em que isso aconteceu tivesse cumprido as regras e não tivesse usado do bom senso, já não estaria-mos cá todos. 

Por isso já há muito tempo que deixei de me preocupar com isso!

Por isso não se preocupem muito e reflitam com este vídeo:

Carl Sagan - Pale Blue Dot


A vida é a coisa mais preciosa que existe, mas infelizmente é um facto da vida que nos instantes modernos da terra em que vivemos, basta um capricho ou uma ilusão ou uma delírio de uma pessoa quer por poder, quer por loucura, para estragarem a vida de forma difinitiva tal como a conhecemos, de todos à face da terra.

Por isso não vale a pena preocuparem-se muito e tentem ser boas pessoas e serem amigos dos outros habitantes deste calhau a viajar à boleia pela galáxia pois isso está ao alcance de todos!

Cumprimentos,
João
« Última modificação: 07 de Março de 2022, 21:27 por blabla »

Offline Njay

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Re: Portugal na lista de países hostis à Rússia
« Responder #4 em: 08 de Março de 2022, 00:00 »
Bolas, até agora é só gente que já desistiu ::) !

Offline blabla

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Re: Portugal na lista de países hostis à Rússia
« Responder #5 em: 08 de Março de 2022, 01:04 »
Eu não desisti,

e quem já tenha como eu desde muito tenra idade lido muita coisa sobre armas de destruição massiva sabe o mundo certificou-se muitos anos antes de eu nascer (e já cá estou à quatro décadas e tal) que ninguém à face da terra sobreviveria a uma guerra nuclear. Quando eu tinha 10 ou 11 anos eu estava a ler todos os livros históricos de várias guerras, livros do meu pai (que teve numa guerra) e estava a ler tudo sobre toda a informação que conseguia obter sobre todas esse tema. Quando era mesmo pequeno e mal conseguia ler já me estavam a dar livros sobre alguns desses temas e em que só via as figuras, depois invariavelmente li tudo o que encontrei sobre  o que era e como funcionavam as armas de fisão (nucleares) e de fusão (termo-nucleares), que usam uma pequena bomba nuclear para dar inicio e à fusão instantânea de todo o material da componente maior da arma termo-nuclear. Pois é  tecnicamente impossível fazer armas de fisão (partir um átomo grande e libertar muita energia) a partir de uma certa potência ou tamanho por impossibilidade de comprimir, aumentando a densidade do núcleo de forma homogénia. Mas que de bombas termo-nucleares de fusão (juntar átomos pequenos e libertar muita energia, tal como funciona o sol) não existe limite técnico para o tamanho de uma bomba de fusão. Entre as imagens que mais me marcaram estava uma num livro do meu pai em que tinha um globo da terra com os países mas bastante escuro e em que tinha como que muitas zonas elevadas cilíndricas com rastilhos no centro, tipo bomba de desenhos animados. Em que o globo era um só e era uma única bomba esférica mas que se poderia acender de todos os lados do mundo e isso espelhava bem o que era a guerra fria! E quão perto já se esteve de isto tudo desaparecer.

Lembro-me de também ter estado na Alemanhã de leste alguns meses depois da queda do muro de Berlin.

Lembro-me também do acidente com a queda de pelo menos duas bombas nucleares de um avião bombardeiro americano que teve um problema técnico e que elas caíram de grande altura sobre Espanha  uns 150 ou 300 Km da fronteira em relação ao Algarve e que uma caiu em terra e outra no mar. Mas felizmente não ouve detonação dos engenhos.

Isto era antes dos misseis balísticos e como tal era necessário para a dissuasão nuclear ter aviões da Nato, carregados e prontos para o ataque a sobrevoar o território Europeu junto às fronteiras com a ex-URSS de modo a que quando houvesse guerra, os aviões passassem as fronteiras e começassem dentro de minutos a bombardear com armas nucleares. Depois com os misseis balísticos e com meia hora da Rússia para os EUA a 22.000Km / hora, tudo mudou, logo o nosso retângulo ainda é menos tempo do que isso.   

Entre as coisas que já eram previsíveis ou indicadoras da situação nuclear atual, temos por exemplos, que há dois anos ou um ano e tal a Rússia tinha apresentado o seu novo armamento de destruição massiva que incluía muitas coisas novas e muito potentes. Entre eles estava uma arma de vingança pura que é um torpedo enorme, que mais parece um submarino pequeno e que fica repousado espalhados pelas costas do mundo em águas internacionais, no fundo do mar e que depois quando for dada a ordem ele viaja a velocidades incrivelmente altas por hipercavitação ou como raio se chamam a propulsão Russa dos torpedos hiper rápidos que andam numa cama de bolhas de gás libertado à volta de todo o torpedo e movidos por foguete. Aproximando-se em minutos da costa de uma nação e depois detonam uma bomba termo-nuclear enorme com cobalto que para além de criar um tsunami com uma onda de 100 metros de altura perto da costa, ainda é o elemento quimico mais sujo em termos de radiação de qualquer bomba nuclear e que normalmente nunca é usado. É mesmo para ser o pior possível em termos de fazer mal ao longo do tempo, para causar o máximo de terror possível. Mas existem muito mais coisas assim que recentemente entraram ao serviço no exercito Russo, mas esta foi a que ficou mais na “minha alembradura”.

Mas não desisti, se os Russos invadissem aqui o nosso retângulo e ilhas com armas convencionais eu e estou certo que muito boa gente aqui do nosso retangulo, provavelmente faria exatamente o que o povo Ukraniano com tanta coragem está a fazer e defenderia a minha terra, se não fosse sendo recrutado para o exercito Português seria a dar com uma frigideira na tola de um ou dois soldados invasores.

Mas fora isso no que toca às armas nucleares, não à mesmo nada a fazer! Não é uma questão de se desistir. Não à mesmo nada a fazer!

A simples invocação delas como ameaça de guerra é pura e simples loucura.

De resto espero que os Russos ousam a canção antiga do Sting e que tal como ele diz que os dirigentes Russos amem também os seus filhos e que queiram que exista um mundo, um amanhã, também para os seus filhos, tal como nós queremos que exista para os nossos.

Cumprimentos,
João

Offline dropes

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Re: Portugal na lista de países hostis à Rússia
« Responder #6 em: 08 de Março de 2022, 15:44 »
A melhor solução é ir a correr para o ponto de  impacto previsto e esperar chegar lá antes que a ogiva, e garantir um fim rápido e sem complicações, ao contrário do que vai acontecer aos que sobreviverem...
Estou a imaginar toda a população a evacuar e fugir da zona de impacto, e bem lá no centro as câmaras a filmarem o jm_araujo, "-Então, porquê a demora, tenho mais que fazer!"

Até lá abram um bom livro de eletrónica, de programação, de engenharia ou de ciência, contemplem aquilo que foi edificado em termos de conhecimento e de civilização, façam uns projetos porreiros e vivam a vossa vida alegremente, que infelizmente todos nós temos de ir um dia é a única coisa certa que temos!
Concordo na partilha de conhecimentos... andas a ver muitos filmes ;)

Offline jm_araujo

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Re: Portugal na lista de países hostis à Rússia
« Responder #7 em: 08 de Março de 2022, 20:54 »

Offline Njay

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Re: Portugal na lista de países hostis à Rússia
« Responder #8 em: 09 de Março de 2022, 01:15 »
Tanto quanto sei, pelo menos os americanos, russos e israelitas têm sistemas anti-míssil.

Como nação, acho que devíamos desenvolver não armas mas sistemas de defesa. Ao mesmo tempo que devíamos trabalhar na nossa sustentabilidade no que diz respeito a produtos essenciais.
« Última modificação: 09 de Março de 2022, 01:17 por Njay »

Offline blabla

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Re: Portugal na lista de países hostis à Rússia
« Responder #9 em: 09 de Março de 2022, 10:18 »
Os sistemas anti míssil não é mais do que enviar um míssil para explodir outro e funcionam melhor para os misseis convencionais, são intercetores. Na guerra do Iraque tornaram-se famosos, os Patriot que curiosamente na altura tinham um problema no software num calculo de virgula flutuante quando estavam muito tempo seguido ligados sem um Reset, iam acumulando um erro. Mas os sistemas de defesa de misseis balísticos é uma coisa completamente diferente, existem dois tipos, um que se tenta intercetar o míssil balístico na sua ascensão quando ele ainda está a “voar” mais devagar. E outro tipo de interceção é aos veículos de reentrada, às ogivas. Toda aquela ideia/programa do Regan da Guerra das Estrelas acho que não funcionou. Na versão de intercetar os misseis na sua ascensão, quando eles ainda estão a andar mais devagar, acho que isso só funciona se o lançamento for relativamente próximo de uma fronteira com um pais da NATO, pois caso contrário já estará no espaço a alta velocidade 22.000 Km / H.  Pensemos agora na interceção dos veículos na reentrada o que faz mais sentido no nosso caso. Cada míssil balístico  tem muitas ojivas certo, não sei ao certo quantas, mas pensemos que serão umas 8 a 15 ojivas, certo? Então teria de ser lançado um míssil para intercetar cada ojiva. Esses misseis anti-missil teriam uma espécie de radar para se guiar para cada ojiva, a separação da orbita balística das ojivas pode ser feita desde muito cedo, logo pode-se ter muitos objetos no espaço a “voar”  ao mesmo tempo e bem separados. Contudo nada impede de que a Rússia ou outra potencia, coloque os chamados decoys junto com as ogivas normais para ter muito mais objetos a voar no espaço quando lança um míssil balístico. O que são esses decoys? Podem ser coisas tão simples como balões insufláveis opacos ao RADAR e desenhados para ter uma assinatura similar à de uma ojiva normal e que vem em trajetória balística no espaço junto com os outros objetos a voar e todos separados o suficiente para que tenham de requerer que um sistema de defesa lhes envie um míssil contra cada um deles, invalidando o sistema de defesa por requer por exemplo que fossem lançados 50 a 100 misseis anti-ogiva em trajetória balística por cada míssil balístico de ataque lançado pela Rússia ou outra potência nuclear. Para além disso o sistema anti-míssil teria sempre uma certa percentagem de taxa de insucesso na interceção.

Em relação a tornar-mo-nos mais independentes na produção de bens essenciais e a uma re-industralização de Portugal e da Europa sou todo a favor! Pois não temos outra saída e Portugal, no passado já foi um grandes produtor industrial de todos os tipos de produtos. Atualmente é que temos pouca industria.

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João

Offline jm_araujo

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Re: Portugal na lista de países hostis à Rússia
« Responder #10 em: 09 de Março de 2022, 11:08 »
Em relação a tornar-mo-nos mais independentes na produção de bens essenciais e a uma re-industralização de Portugal e da Europa sou todo a favor! Pois não temos outra saída e Portugal, no passado já foi um grandes produtor industrial de todos os tipos de produtos.
Discordo em grande parte: a globalização aconteceu para diminuir os custos de produção, os bens essenciais (e não essenciais) nunca foram tão baratos. Se mudas para produção local os preços nunca serão competitivos, o que vai inevitávelmente acabar com subsídiação ou perda de qualidade (ou os dois). Além que não tens mão de obra (temos 7% de desemprego).
Faz sentido esse esforço para algumas industrias especializadas, por exemplo semicondutores já tens parte das maquinas já produzidas na europa (de repente lembro-me da ASML). Mas é preciso ver bem quais as que compensam e não.


Citar
Atualmente é que temos pouca industria.
Não é verdade. O que temos é industria pouco publicitada. Vejo muito youtube tecnico (eletrónico, mecânico, informatica, metalomecânica), e é engraçado ver marcas portuguesas a aparecer do nada. De repente lembro-me de um australiano a usar bits de carboneto de tungsténio para tornear da Palbit (Albergaria), e o Colin Furze com uma serra de fita da MAQFORT (Famalicão). Isso numa pequena amostra que apareceu no youtube, certamente haverá muitas mais. Nós (tugas , em que me incluo!) é que somos meio parolos e damos muita mais importancia a marcas como "Cristiano Ronaldo" do que às MAQFORT e Palbit que por aí andam.

Edit:
https://www.maqfort.com/produtos/
https://www.palbit.pt/pt/sobre-nos

« Última modificação: 09 de Março de 2022, 11:17 por jm_araujo »

Offline blabla

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Re: Portugal na lista de países hostis à Rússia
« Responder #11 em: 09 de Março de 2022, 12:05 »
Quando estava a dizer que antigamente tinha-mos muita industria estava por exemplo a pensar que antigamente tinha-mos, fabricas por exemplo de produtos de electrónica da Grundig, da ITT, da Samsung, dos semicondutores da Quimunda, acho que da Philips, coisas como fábricas dos esquentadores Crusis, os bons fogões da Troia, aquecimento da EFACEC e muitas, muitas mais (Apesar de que ainda temos as grandes fábricas da Vulcano cá em Portugal com desenhos Portugueses). Portugal fazia um pouco de tudo. E hoje em dia pelo menos um leigo como eu não não tenho a perceção de que quando vou comprar alguma coisa veja muito o rotulo a dizer Made in Portugal no tipo de produto que antigamente via que tinham esse rótulo.

Cumprimentos,
João

Offline jm_araujo

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Re: Portugal na lista de países hostis à Rússia
« Responder #12 em: 09 de Março de 2022, 12:34 »
Posso dar um exemplo concreto: termoacumuladores. Tens feitos em Portugal, em cobre ou inox (duram muito mais), mas custam (muito) mais do que os de marca branca esmaltados que ao fim de um par de anos é preciso andar atentos a quando é que vai furar. Qual achas que é o que vende mais?
Em teoria todos compramos o bom e nacional, na prática os €€€ não abundam e se não houver uma dotação orçamental específica, sabemos o que acaba por acontecer. Os €€€ são quem manda.

https://www.leroymerlin.pt/Produtos/Canalizacao/Termoacumuladores/WPR_REF_15240225
https://www.leroymerlin.pt/Produtos/Canalizacao/Termoacumuladores/WPR_REF_82005340

PS: algumas dessas marcas que falas ainda existem, algumas mudaram de marca (grundig passou a Delphi), a Quimonda (da Siemens) passou a Nanium, outras exploraram outros mercados (EFACEC continua na eletricidade industrial, e é um player nos postos de carregamento para carros). Também é engraçado ha tempos estar a fazer um trabalho numa mota de um amigo (Yamaha), e ao tirar um plástico ter um "Made in Portugal" por trás, peça feita cá para uma mota montada sabe-se onde.
E também tens por exemplo as biclas da Decathlon que são em grande parte feitas neste cantinho lusitano.

Reafirmo o que disse: haver há e bastante, o que falta é publicidade.
« Última modificação: 09 de Março de 2022, 12:38 por jm_araujo »

Offline blabla

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Re: Portugal na lista de países hostis à Rússia
« Responder #13 em: 09 de Março de 2022, 13:10 »
Ok @jm_araujo, os teus argumentos são todos válidos e fazem todo o sentido, mas gostaria de explicar um pouco mais o que me transmite essa percepção.

Existe outros fatores para essa perceção que tem mais a ver com pessoas que conheço e muitos amigos de que estudaram em todas as áreas (e agora estou a restringir às áreas técnicas ou de ciências, Eng. de Eletrónica, Eng. Química, Matemáticas Aplicadas, Eng. Mecância, Eng. AeroEspacial, Físicos) mas que depois onde acabaram por encontrar trabalho e onde fizerem e fazem carreira é na área da Informática. E isso tansmite-me e transmitiu-me ao longo dos anos, a ideia de que não devem existir muitos trabalhos nessas áreas do conhecimento. Isto, para que tantas das pessoas dessas áreas tivessem de decidir por fazer carreira em Informática, quer como programadores, quer como funcionais, quer como SysAdmins, Database Managers, quer em Redes, quer como DevOps, quer como Project Managers. Essa é a perceção com que eu fico.

Depois, existe outro vetor que é a existência ou não de uma pujante oferta de livros técnicos em Português. Eu por exemplo e tal como muita gente já me habituei a ler calhamaços em Inglês. Mas reconheço que para muitas pessoas o ler 1000 pág. de um livro técnico em Inglês possa parecer um desafio e logo reconheço a necessidade de existir boas fontes de informação, bons livros técnicos em Português. Contudo antigamente existiam muitos e hoje em dia não vejo quase nenhuns à venda. E isso reforça na minha mente a convicção de que não existe tanta procura, por falta de trabalhos na indústria nessas áreas e logo não existe tanto investimento por parte das editoras.

Mais recentemente, eu procurei pelas escolas profissionais na área de eletrónica em Lisboa e arredores, para um familiar meu e encontrei muito menos escolas do que aquilo que estaria à espera que existissem.

Lá está, pode ser só uma perceção errada minha, mas é a perceção de que não existe muita industria que absorva muitos quadros e em que presumo que a formação  deva se ter adptado a isso.

Tudo isso construiu a minha ideia de leigo (possivelmente errada) de que Portugal tem pouca industria em relação ao que já teve antigamente há 40 ou 25 anos atrás.

Cumprimentos,
João

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Re: Portugal na lista de países hostis à Rússia
« Responder #14 em: 09 de Março de 2022, 13:56 »
Nos vários produtos que vi no site da Maqfort, incluindo alguns com a marca Maqfort, só vi "distribuimos e damos assistência..."... ou seja, é material importado. Da página "sobre nós", "Conhecedores profundos da realidade e necessidades do mercado, procuramos as melhores soluções a nível mundial.". Concluo que são apenas distribuidores, como tantos outros.