25 Jan. 1979: Um trabalhador de 25 anos da linha de montagem da Ford Motors é morto no trabalho numa fábrica em Flint, Michigan, EUA. É a primeira morte humana provocada por um robot, da história.
A morte de Robert Williams, aconteceu no 58 º aniversário da estreia da peça de Karel Capek sobre
Rossum's Universal Robots. RUR foi o primeiro sítio onde se usou o termo robot pela primeira vez para descrever uma pessoa artificial. Capek inventou o termo, baseando-se na palavra Checa para "trabalho forçado." (Robot passou a ser parte da língua Inglesa em 1923.)
Williams morreu instantaneamente, em 1979, quando o braço do robot lhe bateu enquanto ele estava a reunir peças numa instalação de armazenamento, onde o robot também desenpenhava a mesma função. A família de Williams recebeu mais tarde $10 milhões (USD) em indeminizações. O júri concordou que o robot golpeou Williams na cabeça devido à falta de medidas de segurança, incluindo uma que soaria um alarme se o robot estivesse próximo.
Graças em grande parte às linhas de montagem industriais, o robot tornou-se comum nos dias de hoje. Mas ao contrário do que matou um Williams, os robots de hoje aspiram o chão, fazem explodir minas terrestres, sondam Marte, colhem frutos, cuidam de idosos e são em grande parte responsáveis pela produção de placas de circuito impresso.
Estes e outros avanços estão a alimentar um enorme debate ético sobre robots, máquinas que o co-fundador da Microsoft Bill Gates sugere que se tornem o foco da próxima fronteira tecnológica.
Uma preocupação que já vem de antigamente, é o argumento reaccionário de
Luddite, o medo de que as máquinas venham eventualmente substituir o trabalhador. Outra ideia mais recente suscita a preocupação de que o robot venha a ter mais inteligência que o Homem, tema comum na ficção científica.
Sob estas teorias, as máquinas poderiam evoluir e eliminar os seus criadores, algo que ao abrigo das
"Três Leis da Robótica" de
Isaac Asimov. A primeira regra que foi escrita em 1950 no livro de Asimov
"I, Robot" diz: "Um robot não pode ferir um ser humano ou, por inacção, permitir que um ser humano se magoe".
Quando se trata de robots, os cientistas não querem acordar um dia e perguntar: "Oh meu Deus, o que aconteceu?", Como alguns fizeram na sequência do desenvolvimento de armas nucleares, diz Ronald Arkin, o director do Laboratório
Mobile Robot Georgia Institute of Technology.
Ele descreveu a morte de Williams como um "acidente industrial", aquele em que a falta de garantias físicas estavam faziam-se sentir. A morte não foi causada pela vontade do robot, ele advertiu.
"Não foi um lapso ético, a menos que você seja um
ludditas contra a Revolução Industrial", Arkin disse numa entrevista por telefone.
Três décadas após a morte de Williams, os governos estão a começar a regular os robots. Os estudiosos estão a analisar as implicações jurídicas das acções de um robot e se eles, algum dia, necessitarão dos seus próprios advogados.
Arkin está mais preocupado com a reacção do espírito humano para interagir com robots, especialmente quando uma das metas da robótica é criar um companheiro pessoal para atender as nossas necessidades diárias, como a
Rosie o robot de
Os Jetsons.
"Quais são as consequências se formos bem sucedidos?" Arkin perguntou. "As coisas artificiais podem vir a ser mais desejáveis e atraentes do que as humanas que são defeituosas".
Faz hoje 31 anos.
traduzido de: www.wired.com