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Autor Tópico: Vídeos sobre preparação de uma esmeriladora manual  (Lida 2896 vezes)

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Offline SerraCabo

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Vídeos sobre preparação de uma esmeriladora manual
« em: 16 de Janeiro de 2016, 12:27 »
Olá.

Não há como uma boa saga para evitar o frio deste fim de semana.

https://youtu.be/SgeKDipllK4?list=PLqszwNKrhubb5mHo8MXGppSu26_LL3e0r

Ficou a funcionar que nem um relógio embora falte melhorar as protecções, a aspiração de poeiras e a plataforma de apoio.

A saga continuará daqui a algum tempo, mas não para já.

Tenham cuidado com as esmeriladoras. Se puderem coloquem óculos de protecção e viseira. Nunca esmerilem alumínio ou cobre porque, além de empaparem a pedra, são muito capazes de dar uns coices quando em contacto com ela. As esmeriladoras são bichos que parecem sossegados mas mordem com força e sem aviso.

Abraço a todos,
SC

Offline dropes

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Re: Vídeos sobre preparação de uma esmeriladora manual
« Responder #1 em: 17 de Janeiro de 2016, 03:41 »
Boas

Gostei dos vídeos, e achei interessante as soluções que conseguiste para os problemas que foram aparecendo ao longo deste trabalho.
Há quem diga que não compensa o esforço e que prefere comprar uma nova, quando se trata de um instrumento de trabalho manual, a sua recuperação tem todo o sentido.
A 1ª peça quadrada deu uma trabalheira incrível, neste caso não pensava duas vezes em construir uma anilha redonda, afinal levou os o-rings e as saliências do quadrado podem ferir.
Quando vi o varão branco estava mesmo convencido que era teflon e não nylon, sei que é extremamente mais caro mas tem as suas vantagens, suporta temperaturas mais elevadas, e pode ser deformada sem se danificar, isto seria vantajoso ao colocar a porca de aperto final, pois o teflon iria-se dilatar e prender melhor a pedra.
Também achei interessante a solução da porca, quando vi o problema resolvia por manter a mesma anilha, não haveria problema, pois a pedra já tinha o seu eixo e talvez colocasse um o-ring.
O acerto da pedra foi meio a olho sem esquadria, para muitos dos casos não há grande problema, mas não é confiável para outros mais precisos.
Quanto à perda de excentricidade a rotações diferentes, podem ser várias coisas, desde densidades diferentes ao longo da pedra, ressonância, rotor do motor não calibrado ou rolamentos, desconfiaria mais deste último.

Como já tinha referido no seu vídeo anterior, não tenho grande experiência e peço desde já desculpa se disse algo incorrecto.

Abraço, Paulo   
« Última modificação: 17 de Janeiro de 2016, 03:46 por dropes »

Offline SerraCabo

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Re: Vídeos sobre preparação de uma esmeriladora manual
« Responder #2 em: 17 de Janeiro de 2016, 11:14 »
Olá.

"Há quem diga que não compensa o esforço e que prefere comprar uma nova, quando se trata de um instrumento de trabalho manual, a sua recuperação tem todo o sentido."

Há esmeriladoras bem feitas, mas custam um olho, nomeadamente porque os centros são espectacularmente bem feitos. Também se conseguem fazer centros bem feitos mas entre qualidade e data de disponibilidade do engenho. Neste caso, não é um centro bem feito mas um centro de resultados previsíveis. Embora a certa altura eu tivesse a impressão que não conseguiria melhorar muito a coisa, a verdade é que, pouco a pouco, tritura daqui tritura dali e a outra e a coisa foi-se compondo.

"A 1ª peça quadrada deu uma trabalheira incrível, neste caso não pensava duas vezes em construir uma anilha redonda, afinal levou os o-rings e as saliências do quadrado podem ferir."

Aquele aço é rijo que nem um corno. As pontas ficam dentro da zona geral de protecção do resguardo.

"o teflon iria-se dilatar e prender melhor a pedra"

O aperto (transmissão de força) da pedra tem que se fazer pelas anilhas e não pelo centro. As anilhas que fiz não apertam o centro. As pedras entraram sem folga com leve aperto.

"O acerto da pedra foi meio a olho sem esquadria"

Não. A esquadria é garantida mela anilha interior contra o ressalto no veio. A porra é que a pedra é um bocado desconchavada.  Quando rodei uma pedra em relação à outra procurei (é o que se faz para ver se resulta :) ) que o defeito de uma delas contrabalançasse o da outra. O resultado foi dúbio tanto mais que a avaliação da vibração foi feita a olho.

"Quanto à perda de excentricidade a rotações diferentes, podem ser várias coisas, desde densidades diferentes ao longo da pedra, ressonância, rotor do motor não calibrado ou rolamentos, desconfiaria mais deste último."

No chance. Sem pedras aquilo trabalha infinitamente mais calmo que com elas. Densidades da pedra, dimensões, ... vou mais por aí. Mas, no fim, mesmo sem o calhau, o resultado foi bastante bom, bastante melhor que na outra esmeriladora que ainda está como foi comprada.

Claro que, logo que possa, talvez quando tiver que substituir aquelas pedras (lá para o Sec. XXXV) farei um dispositivo para calibrar as pedras, já instaladas no ligador e fora da máquina. Antes disso vou ainda instalar um dispositivo de interligação ao aspirador, uma base metálica e um par de aventais (os apoios) para melhor trabalhar as peças. Já tenho uma lente para fazer o apoio a pitosgas (mantendo o nariz à distância) mas ainda nem sequer as experimentei.

"e peço desde já desculpa se disse algo incorrecto."

Só quem vai à guerra dá e leva. Afinfe sempre.

Abraço
SC.
« Última modificação: 17 de Janeiro de 2016, 17:23 por SerraCabo »

Offline dropes

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Re: Vídeos sobre preparação de uma esmeriladora manual
« Responder #3 em: 17 de Janeiro de 2016, 16:02 »
Boas

A experiência é regra, não ligo a doutoramentos e pondero algumas teorias, entretanto aceito pontos de vista ou sugestões quando me deparo com algum problema em que fico bloqueado depois de muito lutar para que funcione, pois as ideias vão sendo aplicadas até se ficar no vazio, e é aí que recorro a este fórum se estiver relacionado.

Tive um tio que já não está entre nós (que Deus o proteja), era latoeiro, quando entrava na oficina dele ficava fascinado com as máquinas e como ele conseguia fazer aquelas obras de arte... antigamente não havia plástico e era quase tudo feito desta forma, com o tempo foi perdendo clientes até que se virou para os algerozes, teve alguns percalços, profissão de risco.

Pelo que vi no teu perfil, resides em Sintra, eu também, gostava de te conhecer um dia caso estejas de acordo é claro.

Abraço, Paulo

Offline SerraCabo

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Re: Vídeos sobre preparação de uma esmeriladora manual
« Responder #4 em: 17 de Janeiro de 2016, 17:43 »
Boas, ... o tempo está tosco.

Antes de responder, estive agora no AKI para avaliar uma máquina MIG. Vi uma interessante e fiz uma pergunta ao funcionário. O gajo começou a falar e, em crescendo entrando vertiginosamente pelo mundo do disparate. A minha minha expressão deve-o ter feito abrandar e, numa pausa, aproveitei para lhe perguntar onde tinha arranjado aquela mirabolante história. Ele respondeu, textualmente: "não sei, estou provavelmente a inventar". Eu retorqui que sim, que muito provavelmente sim, e dei boas tardes.

...

A tecnologia faz com que se atropelem os pormenores mas, resolvendo muita encrenca miúda, deixa-nos frequentemente atónitos quando percebemos que a mosca consegue escapar ao canhão.

Eu trabalhei em lugares de responsabilidade e dizia sempre à 'minha' malta: "não acredites na primeira coisa que te vier ao miolo porque, provavelmente, já estás a complicar ... há encrencas complicadas mas a maioria não são". Outro salutar princípio é este: https://en.wikipedia.org/wiki/KISS_principle

...e eu gosto de complicar mas, mesmo indo por aí, devo manter o famigerado princípio acima do horizonte. Os latoeiros sabiam o que faziam e mais do que parecia. A história que conta recorda-me o sapateiro, Sr Baptista, que, nos anos 60, tinha uma sapataria a Sul da estação de Rio de Mouro, na rua principal em frente a uma serração que foi demolida antes da papeira se ter manifestado em Tutankamon. Tinha o artesão como ferramenta um par de martelos, uma bigorna de sapateiro, uma agulha de cozer sola e uns ferros que aquecia e que davam forma aos rebordos dos sapatos.

Se é verdade que pensamos sempre saber mais do que sabermos, o facto de duvidarmos é excelente. O primeiro caso dá auto-confiança, o segundo mantêm-nos os pés na Terra.

Encontrar-nos-emos um dia. Parece que aqui o interface permite mensagens à socapa. Não será o primeiro caso, mas eu como os gambozinos.

Abraço
RD