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Mecânica => Mecânica Geral => Tópico iniciado por: SerraCabo em 23 de Outubro de 2015, 11:50
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Olá,
Um vídeo sobre a fabricação de um par de chaves de aperto de uma cabeça de torno mecânico:
https://www.youtube.com/watch?v=sOqUq2a-ZxU (https://www.youtube.com/watch?v=sOqUq2a-ZxU)
Uma playlist sobre a maquinagem de um par de juntas para ajuste da taxa de compressão de um motor a dois tempos e outras correcções ao conjunto:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLqszwNKrhubZ_LBkVfAPMXAAhNY3Ra47q (https://www.youtube.com/playlist?list=PLqszwNKrhubZ_LBkVfAPMXAAhNY3Ra47q)
Obrigado pelas visitas e um abraço a todos.
Serra-Cabo
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Maravilhoso!!
Que grande trabalho, grande qualidade e pormenor!
Os meus parabéns. Quero ver o resultado final.
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Não vi com som, mas não era preferivel ajustar o squish na culassa, e meter-lhe um oring?
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Não vi com som, mas não era preferivel ajustar o squish na culassa, e meter-lhe um oring?
O que é um squish? Que tipo de o-ring seria capaz de se ajustar àquela forma e aguentar aquela temperatura (contacto directo com a combustão)?
SC
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Squish é a distância entre o pistão e a parte mais baixa da camera de combustão, coloca o pistão no ponto morto superior, aperta a culassa com 2 parafusos/porcas e enfia um bocado de estanho/solda pelo buraco da vela até encostar na parede do cilindro e depois com algum cuidado anda com a cambota para cima e para baixo até dar a volta, tira mede, esse valor é o squish.
Um oring qualquer em viton aguenta perfeitamente, fazia uma casa circular para o oring na culassa, já montei orings em motores a ar sem qualquer problema, aliás até NBR90 se aguenta lá.
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Pergunta de quem não tem muita experiência com 2-tempos: ao meteres um oring não vais aumentar os problemas de aquecimento? Parece-me que deixas de ter contacto térmico entre a culassa e o cilindro.
E o furo não pode ter sido originado por uma mistura pobre? Ao aumentar a cilindrada está-se a aumentar a quantidade de ar admitido em cada ciclo, e imagino que seja necessário afinar o carburador. Se a mistura ficar pobre (pouca gasolina para o ar que entra), a temperatura de combustão aumenta, aquece mais o motor e aumentam os problemas de detonação.
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Essa vela tambem tem péssimo aspecto :/
O pistão furado sim, excesso de temperatura, mistura pobre e para ai uma vela b8.
Mas provavelmente foi uma retificação e subir agulha do carburador..
Pelo aspecto é de uma scooter, para ai uma Neos/motor yamaha horizontal de admissão por lamelas ao carter.
A parte mais quente é a culassa, tecnicamente até é vantajoso isolares o cilindro da culassa, aqueces menos o cilindro, tens menos distorção térmica, mas isso é um motor com meia duzia de cv's, não tem nenhum BMEP nem temperaturas de funcionamento excessivamente altas, partindo do principio que está correctamente afinado.
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E o furo não pode ter sido originado por uma mistura pobre? Ao aumentar a cilindrada está-se a aumentar a quantidade de ar admitido em cada ciclo, e imagino que seja necessário afinar o carburador. Se a mistura ficar pobre (pouca gasolina para o ar que entra), a temperatura de combustão aumenta, aquece mais o motor e aumentam os problemas de detonação.
Nada sei relativamente à mistura. Admitindo que o carburador é sujeito a um esforço de sucção maior, admito que entre mais ar e mais alguma gasolina. Mas duvido que seja proporcional.
Se eu pensasse meter-me nessa alhada (se a mota fosse minha) era capaz de instalar um par de termo-pares, um na cabeça outro no tubo de escape, para medir temperaturas. O problema é que isso é mais complicado que a motoreta :)
Os principais candidatos ao desastre foram, quanto a mim, a vela B6 e o aumento da compressão resultante de não ter sido igualmente adquirida a respectiva culassa. Pode ter sido ainda algum 'desaire' no ponto de ignição ou ... um qualquer conjunto de circunstancias ...
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Não tem pontos, é cdi garantidamente.
Ui, uma B6, é agarradela/furo garantido, isso quer é uma B9, mas se a junta foi por causa da taxa de compressão e não por alturas de deck diferentes era só tornear a culassa, sendo de vela ao centro era muito mais simples, cone a 7º com 6mm, o resto era seguir a forma original(mas com offset para dentro), ficava ai com 1mm de squish e taxa na casa dos 10.5:1.
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Não tem pontos, é cdi garantidamente.
Ui, uma B6, é agarradela/furo garantido, isso quer é uma B9, mas se a junta foi por causa da taxa de compressão e não por alturas de deck diferentes era só tornear a culassa, sendo de vela ao centro era muito mais simples, cone a 7º com 6mm, o resto era seguir a forma original(mas com offset para dentro), ficava ai com 1mm de squish e taxa na casa dos 10.5:1.
Atenção que, como chamo a atenção no vídeo, a taxa de compressão nos motores 2 tempos não é o que parece tal como a cilindrada não é o que parece.
Não quis mexer na culassa para evitar mais surpresas, especialmente as irreversíveis.
Já há uma B9 preparada. A B9 era a que eu usava nas minhas Yamaha 50 e 125 há 40 anos atrás. O interessante é que foi um mecânico de porta aberta que aconselhou o dono do bólide a uma B6! :)
SC
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Eu sei, eu até ver dou-me bem com os 2 tempos e das suas muitas coisas estranhas.
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Eu sei, eu até ver dou-me bem com os 2 tempos e das suas muitas coisas estranhas.
Têm a vantagem de poder ser reparados numa pequena oficina. Eu sempre reparei os meus mas nunca os modifiquei. O da 50cc fez mais de 100.000Km. Ainda a tenho na oficina. Não trabalha há uns 30 anos mas tenho dado uns 'kiks' de vez em quando para não agarrar. Fica para as minhas voltinhas quando me reformar. :)
SC
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Os furos estranhos nos pistões são causados pelo mau funcionamento do CDI, não tem nada a ver com misturas de gasolina, senão os motores que andam por aí estavam sempre nas box´s.
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Parece-me que três factores contribuíram decisivamente para o furo: aumento da taxa de compressão, menos área de arrefecimento e vela B6. Qual deles seria o mais decisivo, não sei. Mas 90% do problema deve residir num destes três.
SC
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No tempo em que os carros só tinham de electrónica o radio, apareceu na oficina em que eu trabalhava um lancia fulvia, a queimar óleo e com falta de força, depois de testar e desmontar o motor um dos pistões tinha um buraco enorme, e era o único cilindro com uma vela diferente e quente, que não era aconselhada para aquele motor.
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Os furos estranhos nos pistões são causados pelo mau funcionamento do CDI, não tem nada a ver com misturas de gasolina, senão os motores que andam por aí estavam sempre nas box´s.
Parece pouco provável: como é que o CDI avaria quando se troca um cilindro?
E nao falava em "misturas de gasolina", mas na carburação, a mistura de ar/gasolina que entra para o motor para ser queimada, que quando alteras o motor podes ter de corrigir.
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Os furos estranhos nos pistões são causados pelo mau funcionamento do CDI, não tem nada a ver com misturas de gasolina, senão os motores que andam por aí estavam sempre nas box´s.
Óleo reles não ajuda, e eu quando falo em mistura é na mistura ar/gasolina, uma mistura pobre causa uma temperatura de combustão muito mais alta, aliado a uma vela B6 derrete aluminio que é um mimo.
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Os furos estranhos nos pistões são causados pelo mau funcionamento do CDI, não tem nada a ver com misturas de gasolina, senão os motores que andam por aí estavam sempre nas box´s.
Óleo reles não ajuda, e eu quando falo em mistura é na mistura ar/gasolina, uma mistura pobre causa uma temperatura de combustão muito mais alta, aliado a uma vela B6 derrete aluminio que é um mimo.
Eu sei que falas dessa mistura, mas anda aí muita malta com isso desafinado e as motas andam sempre.
Coloco a vela acima da mistura ar/gasolina para este problema.
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No tempo em que os carros só tinham de electrónica o radio, apareceu na oficina em que eu trabalhava um lancia fulvia, a queimar óleo e com falta de força, depois de testar e desmontar o motor um dos pistões tinha um buraco enorme, e era o único cilindro com uma vela diferente e quente, que não era aconselhada para aquele motor.
Pois é. Uma vez tinha eu uma vela NGK XPTO na minha 125 quando em andamento o motor ficou esquisito. A mota tinha um interruptor para desligar o motor junto à manete e eu experimentei desligar momentaneamente ... nada aconteceu. Desacelerei substancialmente até que o motor à acção do interruptor desligasse mesmo e quando cheguei a casa foi ver a vela e ... tinha a ponta de dentro derretida.
Não chegou a furar mas deve ter estado por pouco.
A mota era (ainda é) mais ou menos esta:
http://forums.pelicanparts.com/uploads12/Yamaha+DT360+741199414921.jpg (http://forums.pelicanparts.com/uploads12/Yamaha+DT360+741199414921.jpg)
SC
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Os furos estranhos nos pistões são causados pelo mau funcionamento do CDI, não tem nada a ver com misturas de gasolina, senão os motores que andam por aí estavam sempre nas box´s.
Óleo reles não ajuda, e eu quando falo em mistura é na mistura ar/gasolina, uma mistura pobre causa uma temperatura de combustão muito mais alta, aliado a uma vela B6 derrete aluminio que é um mimo.
Eu sei que falas dessa mistura, mas anda aí muita malta com isso desafinado e as motas andam sempre.
Coloco a vela acima da mistura ar/gasolina para este problema.
Pode estar desafinado de muita maneira diferente...
Tipicamente é giglers de baixas errados e as motas fazem poço na transição de baixas para médias, mas depois andam com o gigler de altas certo ou até grande de mais por andarem a tentar compensar as baixas sem entenderem muito bem do assunto.
Agarra numa mota afinada que basta baixares o gigler de altas 5 pontos, 2 minutos e a fundo e já era.
Num cilindro retificado, motor preparado a coisa ainda se faz sentir mais.
A GG cás de casa tambem anda "desafinada", faz poço e embrulha-se toda a frio, porque anda rica como tudo em altas, a diferença é que puxas 2 mudanças e ela limpa e lá vai a fazer rotação que nem uma desgraçada, se a secar agarra e ganho um bónus de 500€ para um cilindro novo..
Não podes generalizar motores desafinados.
Eu tambem uso velas XPTO, e a diferença no rendimento é real e notória, por uns parcos 6-7€ compras uma NGK BR9EG que é muito, muito melhor que as HS/ES de 3-4€, passando para velas de platina ainda é melhor.
Fazem faisca melhor que as outras, melhor combustão, mais temperatura de gases de escape, se andavam a avançar eletricas a olho ou com misturas no limiar da estequiometria a coisa corre mal.
Estequiometria num 2 tempos anda na casa dos 12.4:1 contra os 14.7:1 de um 4 tempos, precisas sempre de mais gasolina num 2t..