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Autor Tópico: Preparar bancada de testes  (Lida 25690 vezes)

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Offline artur36

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #15 em: 03 de Setembro de 2017, 10:02 »
A acreditar no que se lê na Net a única maneira de ter uma proteção real para dentro da bancada é ter um transformador de isolamento que assegura a separação galvânica com a rede. Mas como já foi dito pode complicar algumas medições.
A associação que normalmente se encontra de transformador de isolamento com o variac terá mais a ver com a metodologia de teste que usam para testar os equipamentos, começam por testar a 'vitima' a uma voltagem baixa. :-D

A mão no bolso tem com ser complementada com solas de borracha...
Pergunto-me se não haverá uma pulseira semelhante ás que se usam por causa da eletricidade estática mas que sirva ou para descarregar logo para a terra tensões perigosas ou para disparar um equipamento qq de proteção.
O transformador de isolamento por si só não garante proteção absolutamente nenhuma contra contactos acidentais, vais continuar a ter uma TENSÃO de 230V no equipamento de teste com a agravante que se não usares mais nenhum equipamento acabas-te de fazer um bypass a todos os equipamentos de proteção já existentes na instalação, em relação a proteção o único benefício é que usando um transformador de baixa potência proteges a instalação a montante de curto-circuitos pois o transformador satura antes de atingir uma corrente no primário capaz de disparar protecções ou derreter os condutores.
O transformador de isolamento é útil quando necessitas de medir sinais que não podem estar referênciados a qualquer TENSÃO, o caso típico é o do osciloscópio em que por norma a massa de todas as entradas está ligada à terra pelo que apenas as podes ligar a pontos também eles ao mesmo potencial da terra ou a pontos sem qualquer referência de TENSÃO (alimentação flutuante, neste caso automaticamente referências o ponto onde ligas-te a massa do osciloscópio à terra o que por si só também pode trazer problemas no que à proteção contra contactos acidentais diz respeito), não esquecer também que num osciloscópio com múltiplas entradas por norma todas as massas das pontas de prova estão interligadas entre si pelo que nunca poderão ser ligadas simultaneamente a pontos de TENSÕES diferentes.

A técnica da mão do bolso obriga-te a trabalhar apenas com uma mão o que ainda ajuda a que te atrapalhes e coloques a mão que tens livre onde não deves. Além disso esse tipo de proteção só faz sentido para evitar a passagem de corrente pelo coração no caso em que tocas simultaneamente com as duas mãos em pontos com uma DIFERENÇA DE POTENCIAL alta o suficiente para causar uma corrente suficientemente alta directamente sobre o coração, 50mA se não me falha a memória (quando tiveres hipótese experimenta medir a resistência entre as tuas duas mãos com a pele seca e calcula a corrente que circularia com uma DIFERENÇA DE POTENCIAL de 400V entre elas, o pior caso num equipamento ligado à rede elétrica de baixa tensão nacional).
Falando agora das solas de borracha ou pulseiras para descarregar tensões perigosas elas existem e são amplamente usadas para a protecção contra electricidade estática na indústria, por norma apenas garantem que o teu corpo se encontra sempre ao potêncial da terra não permitindo que este fique carregado com TENSÕES muito altas decorrentes da electricidade estática, no entanto se associadas a um interruptor diferencial a funcionar devidamente ajuda também na protecção contra contactos acidentais pois garante um caminho de descarga à terra que fará disparar o diferencial, se não existir esse caminho o contacto acidental poderá não fazer disparar o diferencial por não existir corrente de defeito suficiente.
Imagina agora o caso mais crítico para testar a tua ideia da proteção com a mão no bolso:
A pessoa tem uma ligação eléctrica "perfeita" ao chão através dos pés, está sobre uma boa placa metálica ligada à "fase L1" da rede eléctrica de baixa tensão nacional e acidentalmente toca com a mão direita na "fase L2" da mesma rede. Nesta situação o corpo da pessoa vai estar sujeito a uma DIFERENÇA DE POTENCIAL de 400V (medição rápida da resistência do meu corpo com pele seca dá cerca de 400KOhm) e a uma corrente total de 400V/400KOhm=1mA, está corrente vai-se "dividir" pelo corpo e apenas parte dela atravessar directamente o coração, eventualmente ao colocares a mão no bolso (com este furado para a mão fazer bom contacto com a perna) consegues "espalhar" melhor a corrente pelo corpo diminuindo os efeitos num ponto específico, mas também tens de te lembrar que a corrente que passa no braço esquerdo vem do braço direito pelo que irá aumentar a percentagem de corrente que passa pelo coração. Podes alegar que a resistência será bastante menor e depende das condições, mas facilmente verfica-se que para atingirmos uma corrente de 50mA (mortal se aplicada por mais de 200mS) teremos que diminuir a resistência 1,5 ordens de grandeza (a resistência tem de ser 50 vezes menor), possível mas garantidamente que alguém andar descalço sobre uma chapa metálica ligada a uma fase da rede, com a pele bastante húmida e tocar noutra fase da mesma rede eléctrica é no mínimo merecedor de um Darwin Award.

P.S.: Deixei propositadamente de parte o lidar com redes elétricas que não de baixa TENSÃO pois não faziam já parte da questão inicial e porque qualquer técnico a fazer intervenções nesse tipo de redes usará equipamento de segurança devidamente criado para a situação e não seria a mão no bolso que o salvaria de um contacto de 10kV ou mais.
P.S.2: Também deixei de parte os circuitos de alta tensão existentes nalguns equipamentos (tubos de raios catódicos ou letreiros de Néon por exemplo) porque pelo que sei estes circuitos por norma apesar da alta tensão possuem uma capacidade de corrente bastante reduzida.
P.S.3: Deixei também de parte os projectos caseiros de Stunt Guns, Jacob Ladder e todas as outras brincadeiras que se vêem no YouTube e afins que implicam o uso de transformadores de microondas e afins novamente porque ou se sabe realmente o que se está a fazer e se toma as medidas de proteção adequadas ou merece-se um Darwin Award.


Edit: Rasurado erro detectado pelo @jm_araujo, no caso apresentado caso as duas fases estejam protegidas pelo mesmo diferencial este não irá disparar pois a corrente irá retornar pela fase e não dissipar para a terra. O exemplo correcto seria tocar numa fase com a mão enquanto a placa metálica no chão faz contacto à terra por ligação equipotêncial. De salientar que neste caso a corrente seria ainda menor devido a uma menor diferença de potencial entre os dois extremos do corpo.

De salientar que se a placa metálica que se encontra no chão tiver qualquer risco de ficar energizada com tensões perigosas deve ser sempre equipotencializada, isto é o que ditam as normas de boas práticas e a  legislação nacional.

Melhores esclarecimentos abaixo nos posts subsequentes.
« Última modificação: 04 de Setembro de 2017, 20:09 por artur36 »

Offline jm_araujo

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #16 em: 03 de Setembro de 2017, 12:16 »
Tens demasiados erros nessa resposta. Aconselho-te a ler mais sobre o tema e ver uns vídeos no YouTube, parece-me que fizeste um grande exercício de achologia com pouca base factual.

Offline artur36

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #17 em: 03 de Setembro de 2017, 12:35 »
Tens demasiados erros nessa resposta. Aconselho-te a ler mais sobre o tema e ver uns vídeos no YouTube, parece-me que fizeste um grande exercício de achologia com pouca base factual.
Se apontares os erros pudemos mais facilmente discuti-los e chegarmos a conclusões proveitosas para os 2

Offline jm_araujo

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #18 em: 03 de Setembro de 2017, 12:46 »
Agora estou no telemóvel não dá para grandes respostas, quando tiver mais um bocado no PC trato disso.
Mas os penúltimo e ante-penúltimo vídeos do ElectroBOOM são uma boa introdução ao tema. O gajo faz tudo com aspeto de tanga (e pseudo-desastrado), mas a base está lá.


« Última modificação: 03 de Setembro de 2017, 12:57 por jm_araujo »

Offline LVirtual

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #19 em: 03 de Setembro de 2017, 14:31 »
Araujo, desculpa lá, mas isto sao videos de exemplo de que?

somos todos profissionais competentes aqui neste canto lusorobotico ou somos todos apologistas do brick á brack caseiro do aki?

no contexto deste topico fazer trabalho de reparaçao e ou manutençao de equipamentos electricos sejam eles quais forem nao podem ser feitos nem na casa de banho nem por gente que tem medo de qualquer electrao que exista no universo.
Operar e ou reparar maquinas, sejam elas puramente mecanicas ou electromecanicas so deve ser feito por quem tem a capacidade de discernir o perigo e saber lidar com ele duma forma segura.
Nao deve ser feito por qualquer curioso que se sente fascinado por ver o veio dum motor a rodar ou um robot a andar sozinho sobre duas pernas.
A curiosidade é boa e faz avançar o mundo mas dentro de certos limites. A partir daí só serve para "matar o gato" como dis o ditado popular.

Quando alguem que se esta a iniciar no mundo da tecnologia nao se sente a vontade para lidar com materias perigosas como sao a electricidade e peças metalicas em movimento, deve primeiro aprender a sentir-se seguro daquilo que esta a fazer e isso passa por muitas horas de tentativa e erro sem medos de chamuscar alguma coisa.
Se nao se sente seguro para isso em casa deve procurar ambientes capazes de lhe fornecer essa segurança.
Se mesmo nesses ambientes seguros nao se sentir ainda a vontade, isto é com medo de queimar algo ou apanhar um choque,  entao deve começar a pensar em dedicar-se a outras coisas menos perigosas, porque de qualquer maneira e apesar de tudo, mexer em tecnologia seja ela qual for,  infelizmente nao é para toda a gente, infelizmente. e reforço aqui o infelizmente.
Tambem me fascina a possibilidade de passar a vida numa nave espacial chamada USS Enterprise a descobrir os segredos do universo, mas isso nao quer dizer que queira ir assim que inventarem a nav e a tecnologia subjacente.

Isto tudo para dizer que em nenhum do local por onde ja passei relacionado com tecnologia nem em nenhum trabalho que tive relacionado com o mesmo tema, nem as outras pessoas nem eu proprio andamos a queimar quadros electricos nem a apanhar esticoes constantemente nem nunca aconteceu coisas que aparecem nestes videos. Tirando o tal choque electrico que apanhei aos 15 anos que ao que me parece tambem nao me pos os cabelos em pé nem fez nenhum espetaculo de pirotecnia, nunca acontece aquele tipo de coisas em ambientes laborais e mesmo em ambientes residenciais so acontece se a pessoa nao tiver sequer aprendido a distinguir a fase do neutro nem que a electricidade apesar de nao se  ver, mata, mesmo que seja apenas uma pilha de 1,5 Volt no caso da pessoa usar um pacemaker...

Se queremos avançar em direcçao ao futuro, deixemos de ser medrosos e inconsequentes.
Todas as actividades humanas tem a sua dose de responsabilidade. E para isso é que existem os manuais e regras de boas praticas e segurança em todas as actividades mesmo nas tecnologicas. basta seguir as regras feitas com base na experiencia de quem sabe do que fala para nao termos grandes percalços no caminho que escolhemos.
"O defeito mais grave dos humanos, aquele que coloca mais obstáculos à sua evolução, é a crença profundamente arreigada na infalibilidade dos seus raciocínios e dos seus pontos de vista."

Offline jm_araujo

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #20 em: 03 de Setembro de 2017, 17:17 »
Araujo, desculpa lá, mas isto sao videos de exemplo de que?
Acho que pelo contexto era obvio: exemplos ilustrativos de onde o artur36 errou.

Quanto ao resto TL;DR

Offline artur36

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #21 em: 03 de Setembro de 2017, 22:57 »
Araujo, desculpa lá, mas isto sao videos de exemplo de que?
Acho que pelo contexto era obvio: exemplos ilustrativos de onde o artur36 errou.

Quanto ao resto TL;DR

Agora é que peço mesmo encarecidamente que percas um bom bocado de tempo ao PC para mostrares quais os meus erros/achologias e também para explicar também em que é que os videos que colocas-te demonstram os meus erros, no primeiro vídeo não encontro nada que me contra-diga, no segundo vídeo também não encontro nada que me contra-diga e tenho a apontar que acho no mínimo indesejável que se faça um vídeo desses onde se passa a maior parte do tempo a dizer que um diferencial não dispara mesmo estando a tocar directamente com uma mão na fase e com a outra na linha de terra, apesar de não estar a mentir nem a dizer nada de tecnicamente errado, pode induzir os mais incautos na sensação de que o diferencial é dispensável pois não actua quando é necessário.

Queres fontes de pesquisas web tens aqui, não é um site random qualquer mas sim um repositório da universidade do porto, basta leres a caixa de abertura do documento:
https://def.fe.up.pt/eletricidade/resistencia.html
Para a obrigatoriedade da proteção diferencial como elemento básico da segurança contra contactos acidentais tens as RTIEBT (regras técnicas para instalações eléctricas de baixa tensão, portaria n.º 949-A/2006, de 11 de Setembro) que transpõe para a legislação portuguesa as normas e recomendações do IEC e CENELEC.

By the way... Ignorar um post (do LVirtual) num fórum técnico por este ser muito longo é no mínimo esquisito.

Offline LVirtual

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #22 em: 04 de Setembro de 2017, 08:31 »
Artur
quanto ao resto...

The Red Light District
LANTERNA TR LD FOX 11

E podia por aqui mais, tem tudo a ver com luz e/ou luminarias. ;)

"Cego é aquele que nao quer ver". tambem tem a ver com luz, no caso a ausencia dela.

"Quando os argumentos estao correctos as luminarias apagam-se por falta de fusivel."
Esta nao sei quem a escreveu mas tem muito a ver com as lampadas fluorescente TLD ;)

By the way ja so uso leds nas minhas luzes, deixei as lampadas TLD para tras ha muito tempo...


"O defeito mais grave dos humanos, aquele que coloca mais obstáculos à sua evolução, é a crença profundamente arreigada na infalibilidade dos seus raciocínios e dos seus pontos de vista."

Offline jm_araujo

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #23 em: 04 de Setembro de 2017, 10:47 »
Agora que estou no portátil já tenho tempo para ler e responder devidamente.
A técnica da mão do bolso obriga-te a trabalhar apenas com uma mão o que ainda ajuda a que te atrapalhes e coloques a mão que tens livre onde não deves. Além disso esse tipo de proteção só faz sentido para evitar a passagem de corrente pelo coração no caso em que tocas simultaneamente com as duas mãos em pontos com uma DIFERENÇA DE POTENCIAL alta o suficiente para causar uma corrente suficientemente alta directamente sobre o coração, 50mA se não me falha a memória (quando tiveres hipótese experimenta medir a resistência entre as tuas duas mãos com a pele seca e calcula a corrente que circularia com uma DIFERENÇA DE POTENCIAL de 400V entre elas, o pior caso num equipamento ligado à rede elétrica de baixa tensão nacional).
São mais cerca de 100mA que ocorre a fibrilação, mas não é um valor fixo (obviamente).
A mão no bolso/nas costas é obviamente em circuitos energizados e para evitar expor o corpo à tensão de alimentação num circuito que se feche pelo coração. A passagem à terra é secundária, para isso tens os dispositivos de proteção (+/-). Mas se estiveres em contacto entre a fase e o neutro o limite são potencialmente os 16A do disjuntor a montante. A resistência medida com um multímetro entre as mãos secas não serve de nada (uma das razões para linkar o vídeo). O valor é muito variável, depende de humidade (externa/suor), salinidade, acidez, contaminantes, frequência da tensão, etc. Se te fores a fiar no valor de resistência da pele no multímetro para sobreviver aos choques estás tramado.
Citar
Falando agora das solas de borracha ou pulseiras para descarregar tensões perigosas elas existem e são amplamente usadas para a protecção contra electricidade estática na indústria, por norma apenas garantem que o teu corpo se encontra sempre ao potêncial da terra não permitindo que este fique carregado com TENSÕES muito altas decorrentes da electricidade estática, no entanto se associadas a um interruptor diferencial a funcionar devidamente ajuda também na protecção contra contactos acidentais pois garante um caminho de descarga à terra que fará disparar o diferencial, se não existir esse caminho o contacto acidental poderá não fazer disparar o diferencial por não existir corrente de defeito suficiente.
(vídeo) o disparo das proteções nem sempre é tão óbvio quanto isso. E como disse, o problema é entre linha e neutro e não tanto à terra.
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Imagina agora o caso mais crítico para testar a tua ideia da proteção com a mão no bolso:
A pessoa tem uma ligação eléctrica "perfeita" ao chão através dos pés, está sobre uma boa placa metálica ligada à "fase L1" da rede eléctrica de baixa tensão nacional e acidentalmente toca com a mão direita na "fase L2" da mesma rede. Nesta situação o corpo da pessoa vai estar sujeito a uma DIFERENÇA DE POTENCIAL de 400V (medição rápida da resistência do meu corpo com pele seca dá cerca de 400KOhm) e a uma corrente total de 400V/400KOhm=1mA, está corrente vai-se "dividir" pelo corpo e apenas parte dela atravessar directamente o coração, eventualmente ao colocares a mão no bolso (com este furado para a mão fazer bom contacto com a perna) consegues "espalhar" melhor a corrente pelo corpo diminuindo os efeitos num ponto específico, mas também tens de te lembrar que a corrente que passa no braço esquerdo vem do braço direito pelo que irá aumentar a percentagem de corrente que passa pelo coração.
 
A corrente percorre o caminho de menor resistência. Se tiveres um percurso entre o braço direito e uma das pernas a corrente pelo coração é uma fração mínima. O outro braço podes metê-lo onde quiseres que desde que não seja no chão ou noutro ponto com diferença de potencial que não vai fazer diferença. Meter ou não no bolso não vai fazer qq diferença.
Assumir que o corpo se comporta como uma resistência de valor fixo também é perigoso, temos várias camadas de pele mais ou menos isolantes, e podem variar de condutividade conforma a situação e até a agressão (perfuração/queimadura) a que são sujeitas.
E volto a repetir: a mão no bolso não é tanto para passagem à terra, é para evitar azares com DDP elevados entre as duas mãos/braços em circuitos energizados. Se estiveres a trabalhar num circuito desligado é completamente desnecessário.
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By the way... Ignorar um post (do LVirtual) num fórum técnico por este ser muito longo é no mínimo esquisito.
Estava no telemóvel e numa leitura diagonal a apanhar frases chaves não vi nada que me chamasse a atenção ou de interesse, e meti a indicação porque foi o que se passou. Mas agora que estou mais “confortável” já tive tempo para o ler. A impressão inicial mantém-se. Como bem dizes isto um fórum técnico e não de filosofia.

Offline artur36

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #24 em: 04 de Setembro de 2017, 22:26 »
São mais cerca de 100mA que ocorre a fibrilação, mas não é um valor fixo (obviamente).
A mão no bolso/nas costas é obviamente em circuitos energizados e para evitar expor o corpo à tensão de alimentação num circuito que se feche pelo coração. A passagem à terra é secundária, para isso tens os dispositivos de proteção (+/-). Mas se estiveres em contacto entre a fase e o neutro o limite são potencialmente os 16A do disjuntor a montante.

Agora sim deu para perceber o erro encontrado, e sim tens razão, de facto tentando levar as condições de falha ao pior caso possível entrei num cenário em que potêncialmente o diferencial não irá cumprir a sua função e disparar. Já que dizes que os dispositivos de protecção protegem apenas +/- também podemos analisar o caso em que a fase que acidentalmente entrou em contacto com a placa metálica pertence a um circuito diferente da fase que é tocada pela mão e protegida por um diferencial diferente, podemos ver aqui que mesmo numa situação extrema de falha existem possibilidades de estarem protegidas pelo diferencial.

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A resistência medida com um multímetro entre as mãos secas não serve de nada (uma das razões para linkar o vídeo). O valor é muito variável, depende de humidade (externa/suor), salinidade, acidez, contaminantes, frequência da tensão, etc. Se te fores a fiar no valor de resistência da pele no multímetro para sobreviver aos choques estás tramado.

Concordo plenamente contigo quando dizes que a resistência é variável, até deixei um link para um documento da universidade do Porto que indica precisamente, segundo esse mesmo link por norma situa-se num intervalo entre 500kOhm e 1kOhm, em linha com a minha medição. Quanto a linkares o vídeo como prova que a medição com multímetro não serve para nada é no mínimo cómico pois no segundo vídeo ele usa precisamente um multímetro para fazer essa medição.

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Falando agora das solas de borracha ou pulseiras para descarregar tensões perigosas elas existem e são amplamente usadas para a protecção contra electricidade estática na indústria, por norma apenas garantem que o teu corpo se encontra sempre ao potêncial da terra não permitindo que este fique carregado com TENSÕES muito altas decorrentes da electricidade estática, no entanto se associadas a um interruptor diferencial a funcionar devidamente ajuda também na protecção contra contactos acidentais pois garante um caminho de descarga à terra que fará disparar o diferencial, se não existir esse caminho o contacto acidental poderá não fazer disparar o diferencial por não existir corrente de defeito suficiente.
(vídeo) o disparo das proteções nem sempre é tão óbvio quanto isso. E como disse, o problema é entre linha e neutro e não tanto à terra.

Se leres as citação que eu faço do @Vasco ele fala claramente em descarregar a energia para a terra:
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A mão no bolso tem com ser complementada com solas de borracha...
Pergunto-me se não haverá uma pulseira semelhante ás que se usam por causa da eletricidade estática mas que sirva ou para descarregar logo para a terra tensões perigosas ou para disparar um equipamento qq de proteção
Em que é que o vídeo demonstra que o disparo das protecções nem sempre é tão óbvio quanto isso?
A única coisa que eu vejo no vídeo demonstrado é que o diferencial só dispara com correntes superiores ás correntes de defeito para o qual foi construído, e a prova de que isso não é por si só perigoso é que ele não morreu nem teve quaisquer danos. Novamente voltando ao caso da legislação portuguesa esta estabelece como regra que em locais que pelas suas especificidades apresentam um elevado risco de lesões graves, nomeadamente casas de banho, a protecção diferencial deve ser de 30mA garantindo assim a protecção dos utilizadores.

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A corrente percorre o caminho de menor resistência. Se tiveres um percurso entre o braço direito e uma das pernas a corrente pelo coração é uma fração mínima. O outro braço podes metê-lo onde quiseres que desde que não seja no chão ou noutro ponto com diferença de potencial que não vai fazer diferença. Meter ou não no bolso não vai fazer qq diferença.
Assumir que o corpo se comporta como uma resistência de valor fixo também é perigoso, temos várias camadas de pele mais ou menos isolantes, e podem variar de condutividade conforma a situação e até a agressão (perfuração/queimadura) a que são sujeitas.
E volto a repetir: a mão no bolso não é tanto para passagem à terra, é para evitar azares com DDP elevados entre as duas mãos/braços em circuitos energizados. Se estiveres a trabalhar num circuito desligado é completamente desnecessário.

Vamos lá então, já concordamos que nos casos de passagem de corrente de defeito à terra a mão no bolso é irrelevante, salientemos de novo que no meu post eu citei o @Vasco em que ele fala especificamente em correntes de fuga à terra. Quanto à resistência de valor fixo do corpo também já concordei contigo atrás mas os valores que apresentei da FEUP vão de encontro aos valores por mim medidos com um simples multímetro, é claro que na presença de humidade a resistência da pele irá diminuir, mas nesses casos as regras de boas práticas e a legislação indicam que a protecção diferencial deve ser bastante mais restritiva em relação à corrente de defeito, impondo um limite máximo de 30mA que por si só não dá origem à morte, as perfurações/lesões da pele enquanto elemento redutor da resistência não fazem muito sentido porque se existe o risco de cortes e outras lesões nas mãos devem-se usar luvas, se estas lesões já existem e não estão cicatrizadas devem ser tratadas e devidamente tapadas antes de iniciar qualquer trabalho, quanto às queimaduras se estas forem por acção da electricidade já à muito que passou a janela de oportunidade para os dispositivos de protecção funcionarem.
Insistes constantemente que a mão no bolso é para evitar contactos simultâneos em ambas as mãos com DDP elevada entre elas (uma mão em cada fase), pensa um bocado, para o fazeres terias que ter duas fases sem isolamento ao teu alcance e não estar com a atenção devida ao que estás a fazer, nesse caso deverás colocar as duas mão no bolso e não fazer nada, pois partes para o trabalho já com condições de elevado risco desnecessário, se trabalhas com tensões e correntes potencialmente perigosas deves antes de tudo o mais garantir condições de segurança e não a medo colocar a mão no bolso para garantir que não se mexe onde não é suposto, Sim se colocas a mão no bolso para garantir que não tocas em nada de errado é porque logo à partida já vais a medo e não tens a confiança devida nas tuas capacidades ou nas condições de segurança do trabalho que vais executar, nesse caso o acertado a fazer é parar analisar bem o problema identificar os riscos e proteger-se devidamente contra eles, se mesmo assim existe o risco de tocares acidentalmente em duas fase diferentes simultâneamente calça umas luvas com isolamento eléctrico certificado.
E eu nunca falei em circuitos desligados deverá ser minimamente óbvio que para um qualquer circuito devidamente desligado não existirá perigo de choques eléctricos, a excepção aqui será no caso dos condensadores mas novamente se alguém se predispõe a abrir um qualquer equipamento eléctrico deverá possuir o conhecimento da capacidade de carga e descarga de um condensador mesmo estando desconectado de qualquer fonte de alimentação.

Para mim o erro de interpretação que aqui se denotou com o funcionamento do diferencial prende-se com a análise do seu funcionamento de forma isolada, não nos podemos esquecer que na sua grande maioria os equipamentos domésticos são de classe de isolamento II (duplo isolamento garantido) pelo que o risco de contacto acidental com tensões perigosas é diminuto pois é necessário que sejam danificadas duas camadas de isolamento, nos equipamentos de classe I as normas Nacionais e Internacionais obrigam a que os elementos condutores não directamente pertencentes ao circuito eléctrico sejam equipotencializados através do condutor de protecção do circuito (condutor de terra) pelo que no primeiro momento em que exista um contacto de uma fase (ou Neutro, na realidade com um curto directo à terra as tensões residuais existentes normalmente nos condutores de neutro são suficientes para criar uma corrente suficiente para disparar o diferencial) com elementos condutores da estrutura o diferencial irá disparar, normalmente muito antes de qualquer contacto acidental.
Se analisarmos os casos das reparações que é o caso em "estudo" neste tópico cabe ao técnico garantir as condições de segurança necessárias, sejam elas de isolamento ou equipotencialização, se este não é capaz de o fazer ou necessita da mão no bolso para garantir que não  toca onde não deve é melhor abster-se de fazer qualquer tipo de reparação.


E por hoje fica por aqui que o testamento já vai muito longo, amanhã se houver tempo abordo a questão da filosofia.
By the way pelos vistos não fiz achologia em lado nenhum...

Offline jm_araujo

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #25 em: 04 de Setembro de 2017, 22:56 »
A DDP elevada pode ser entre a linha e o neutro. Se estiveres isolado da terra (sapatos isolantes ou até transformador isolador), nesse caso o único dispositivo de proteção é o disjuntor térmico ou saturação do transformador. Não vai disparar antes de esturricares.
A primeira menção à mão no bolso foi minha e nunca referi que era para evitar passagens à terra, mas parece-me que foi erradamente assumido.

Os vídeos já os vi quando saíram, mas acho que fazia referência que medição com multímetro para avaliar o risco com correntes alternas não é de fiar. Agora não sei em qual dos dois ou se a minha memória me traiu. Podem não ser os melhores e mais  académicos,mas gosto da forma "divertida" da abordagem que faz.

Por hoje para mim também já chega, vou ver se  despacho mais um episódio do "Expanse"
« Última modificação: 04 de Setembro de 2017, 23:02 por jm_araujo »

Offline SerraCabo

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #26 em: 05 de Setembro de 2017, 00:19 »
Só uma pequena nota porque a coisa por aqui está muito difícil (coisas dos meus velhotes).

Disse-me uma vez um jugoslavo, um tal Leo que trabalhava na Alemanha e a quem perdi o rasto, que pássaro que canta demasiado de manhã é apanhado de tarde pelo gato.

Quanto mais segurança mais confiança na segurança e excesso de confiança na segurança. Nos funerais debate-se muito esse assunto.

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A primeira menção à mão no bolso foi minha e nunca referi que era para evitar passagens à terra, mas parece-me que foi erradamente assumido.

Conheço essa história desde que andava de fraldas, quando me contaram que "um bom electricista trabalha sempre com uma mão no bolso para não a encostar onde não deve, nomeadamente à parede". Mas, continuavam a dizer-me, "por causa disso todos lhe dizem que trabalha apenas a 50%".

Nunca tive a honra de ser distinguido pelo disparo de um diferencial, por mais xpto que fosse, em qualquer que fosse o esticão dos muitos que já apanhei, e escapei por pouco ao único esticão que apanhei na palma da mão. Se um gajo apanha um forte esticão na palma da mão, os músculos que a fecham apertam o condutor ao máximo e os músculos de abrir a mão são muito mais fracos que os de a fechar. Por isso se diz "ficou agarrado". Se a bomba fibrila ou não não sei, mas ... "ficar lá" não é normalmente por pouco tempo.

Os manuais de fuga em fumos ensinam a gatinhar junto ao chão de mãos fechadas. Gatinhar porque o ar tende a ser mais limpo junto ao chão e de mãos fechadas para não ter o azar de apoiar a palma da mão num cabo danificado.
« Última modificação: 05 de Setembro de 2017, 00:24 por SerraCabo »

Offline filjoa

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #27 em: 05 de Setembro de 2017, 01:01 »
a discussão até está interessante, mas penso que todos os que aqui estamos temos consciência dos riscos que corremos quando estamos a desenvolver ou a reparar certo tipo de máquinas ou equipamentos, principalmente quando a potencia é de certa forma elevada...

mas o conceito do tópico veio a propósito de fazer uma bancada de testes, não propriamente, fazer testes de isolamentos e segurança aos equipamentos..

Offline artur36

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #28 em: 05 de Setembro de 2017, 22:04 »
a discussão até está interessante, mas penso que todos os que aqui estamos temos consciência dos riscos que corremos quando estamos a desenvolver ou a reparar certo tipo de máquinas ou equipamentos, principalmente quando a potencia é de certa forma elevada...

mas o conceito do tópico veio a propósito de fazer uma bancada de testes, não propriamente, fazer testes de isolamentos e segurança aos equipamentos..
Por teres consciência dos riscos que poderás correr nesse tipo de trabalho pediste ajuda para que sistemas de protecção usar, e esta "última" discussão prende-se com a efectividade de duas medidas de protecção (interruptor diferencial e mão no bolso), não são testes de isolamento aos equipamentos mas sim medidas para aumentar a segurança dos mesmos enquanto fazes os testes\ensaios\reparações necessários.

Nunca tive a honra de ser distinguido pelo disparo de um diferencial, por mais xpto que fosse, em qualquer que fosse o esticão dos muitos que já apanhei, e escapei por pouco ao único esticão que apanhei na palma da mão.

No meu caso posso lhe garantir que o pior esticão que tive foi precisamente numa bancada de ensaios e foi o único em que me lembro de o diferencial disparar por contacto directo do corpo à fase, neste caso disparou pois era de grande sensibilidade uma vez que a bancada tinha sido desenhada a pensar em jovens alunos distraídos\incautos\brincalhões. Se nesta situação a mão no bolso me salvaria? Garantidamente que não pois foi com a "mão de trabalho" que eu fui calmante torcer melhor o fio multifiliar sem desligar a alimentação a montante, o acidente aconteceu por pura burrice minha.
No entanto já detectei muitos equipamentos com defeitos de isolamento por estes fazerem disparar o diferencial muito antes de qualquer toque acidental numa parte energizada por falha do isolamento.

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Conheço essa história desde que andava de fraldas, quando me contaram que "um bom electricista trabalha sempre com uma mão no bolso para não a encostar onde não deve, nomeadamente à parede". Mas, continuavam a dizer-me, "por causa disso todos lhe dizem que trabalha apenas a 50%".

Bem, se o dito "popular" for mesmo assim só prova que a mão no bolso não serve para protecção de choques eléctricos mas sim para evitar que o "electricista" se encoste à parede a olhar para os outros a trabalhar....

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Disse-me uma vez um jugoslavo, um tal Leo que trabalhava na Alemanha e a quem perdi o rasto, que pássaro que canta demasiado de manhã é apanhado de tarde pelo gato.
Quanto mais segurança mais confiança na segurança e excesso de confiança na segurança. Nos funerais debate-se muito esse assunto.
A segurança nunca é má, má é a falsa sensação de segurança. Qualquer técnico deverá conhecer ao máximo possível os riscos inerentes aos trabalhos que desenvolve e saber que medidas tomar para minimizar esses riscos e aplicar essas medidas SEMPRE que necessário, assim sistematiza esses procedimentos passando a fazê-los quase "inconscientemente" diminuindo assim as falhas por esquecimento ou distração. A confiança é má quando por excesso dela assumimos que os riscos não existem ou são desprezáveis e como tal deixamos de nos precaver contra eles, se desde o início assumirmos os riscos como uma constante que necessita SEMPRE de medidas para a redução dos seus efeitos nunca cairemos no laxismo de deixar de nos protegermos porque temos muita confiança no nosso trabalho.

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Os manuais de fuga em fumos ensinam a gatinhar junto ao chão de mãos fechadas. Gatinhar porque o ar tende a ser mais limpo junto ao chão e de mãos fechadas para não ter o azar de apoiar a palma da mão num cabo danificado.
Se gatinhamos (4 apoios no chão para nos movimentarmos) e apoiamos qualquer parte dos membros superiores sobre um cabo danificado independentemente de como tenhamos a mão o braço vai ceder e vamos cair sobre o cabo pelo que se não tivermos qualquer outra protecção que nos safe morremos tostados, além disso progredir apoiado sobre os punhos cerrados em pouco tempo torna-se muito desconfortável e doloroso pelo que em pouco tempo a pessoa iria adoptar a posição natural de gatinhar com as palmas da mão no chão.
Os manuais da Escola Nacional de Bombeiros de Incêndios Urbanos\Industriais e Busca e Salvamento descrevem o comportamento a adoptar como sendo:
- Progredir agachado (2 apoios no chão apenas para progressão) para evitar as temperaturas elevadas mais perto do tecto;
- Progredir junto a uma parede para que esta sirva de orientação;
- Progredir com as costas de uma mão (aqui sim para que em contacto com qualquer elemento energizado a contração muscular faça o braço afastar-se da parede e não agarrar o elemento) sempre encostada a uma parede para evitar perder-se a noção da parede quando a visibilidade é reduzida\nula;
- Após se "ligar" a uma parede nunca mais se larga a parede ou se troca a mão que está encostada à parede (é indiferente qual a mão usada desde que seja sempre a mesma durante toda a fuga) isto evita que se perca a orientação, a noção do espaço e se acabe por andar às voltas sem achar a saída.

A primeira menção à mão no bolso foi minha e nunca referi que era para evitar passagens à terra, mas parece-me que foi erradamente assumido.
Os vídeos já os vi quando saíram, mas acho que fazia referência que medição com multímetro para avaliar o risco com correntes alternas não é de fiar. Agora não sei em qual dos dois ou se a minha memória me traiu. Podem não ser os melhores e mais  académicos,mas gosto da forma "divertida" da abordagem que faz.
Por hoje para mim também já chega, vou ver se  despacho mais um episódio do "Expanse"

O meu post que indicas-te ter erros (concordamos que tinha sim um erro e sinalizei-o rasurando e colocando um edit no fim para não enganar quem venha a seguir) não te cito a ti mas sim ao @Vasco que diz claramente que essa medida é para dissipar a energia para a terra (tal como já tinha referido no meu último post). De qualquer das maneiras sempre que ouvi menções à mão no bolso ou atrás das costas foi como medida para descarregar a corrente para a terra sem passar no coração o que ambos concordamos que não faz sentido, talvez uma consequência moderna do "fenómeno" que são as traduções\invenções "duvidosas" em "português do  Brasil", infelizmente cada vez mais aparecem no topo dos resultados das pesquisas este tipo de "informação" abafando os conteúdos com qualidade ainda existentes em Português.

Concordando que em parte colocar a mão no bolso possa evitar o contacto simultâneo das duas mãos em locais com elevada DDP entre si, gostaria que me indicassem pelo menos uma situação em que tal possa acontecer que não advenha de "burrice" ou que não deva ser evitada primeiramente por melhores condições de segurança antes de iniciar o trabalho ou formação.

Quanto aos vídeos revê que são curtos e verás que ele usa o multímetro para medir a resistência e em momento algum diz que é má ideia (apenas diz que não contou com a capacitância e atira com um valor aleatório para junto da resistência que estava a testar).
Quanto à Filosofia e por que novamente o testamento já vai longo e a família ressente-se apenas tenho a dizer que para mim considero esses vídeo como comédia de entretenimento com rigor científico (não vou aqui avaliar a quantidade de rigor pois só vi esses dois vídeos) engraçado para arranjar visualizações mas com valor reduzido para aprender quanto a mim, a comédia que faz à volta das situações distraí demais.
No que se refere ao segundo vídeo por exemplo uma qualquer mente incauta pode deduzir da "actuação" dele que os diferenciais são dispensáveis e não protegem realmente as pessoas (quem sabe até mais uma invenção dos maluquinhos dos regulamentos para sacar mais uns cobres ao coitado do pobre) uma vez que ele passa todo o vídeo a demonstrar que o diferencial não dispara (sem dizer que ele não dispara porque não atinge a corrente de protecção para a qual foi desenhado), tecnicamente não fez ou disse nada de errado mas em minha opinião facilmente induz em erro uma pessoa com menos conhecimentos na área.

Offline SerraCabo

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #29 em: 05 de Setembro de 2017, 22:38 »
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Concordando que em parte colocar a mão no bolso possa evitar o contacto simultâneo das duas mãos em locais com elevada DDP entre si, gostaria que me indicassem pelo menos uma situação em que tal possa acontecer que não advenha de "burrice"

É tão relevante quanto uma situação que não advenha de se estar vivo. À posteriori a descoberta de que foi burrice é simples de aplicar, mas o tempo corre apenas para um lado.

Quanto ao resto, não vou perder mais tempo. Outros comentadores experimentaram mais que o essencial. Cabe a quem precisa escolher a solução que melhor o defende em cada caso, as variantes são muitas, servem para uns casos mas não para outros.