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Autor Tópico: Preparar bancada de testes  (Lida 25824 vezes)

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Offline SerraCabo

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #30 em: 05 de Setembro de 2017, 22:52 »
Imagine um aparelho que tem um transformador e que um dos secundários, de 1000V 0.1A se encontra flutuante em relação à massa (ou como lhe quiser chamar). Meta os dedos em dois pontos do circuito que estejam a 1000V um do outro e fina-se que nem uma formiga. Mais, quando encostar o primeiro dedo nada sentirá, quando encostar o segundo ... será rápido.

Explique lá agora como o salvará o diferencial ou qualquer outro artefacto que não inclua, antes de mais, extremo cuidado. E sabe qual o primeiro cuidado? Usar apenas uma mão.

Offline Njay

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #31 em: 06 de Setembro de 2017, 01:26 »
Sem ser entendido no assunto e nem me lembrando já onde li sobre a história da "sempre com uma mão no bolso", a ideia com que fiquei foi é exactamente essa de que é suposto, em circuitos de alta tensão, trabalhar-se isolado da terra (sapatos, transformador de isolamento, ...?). Aí não se apanha choque por se encostar uma mão num ponto "de alta tensão" *; o perigo está em meter as 2 mãos em locais com uma grande tensão entre eles, que não acontece se só estivermos com uma mão no bolso. Lembro-me também que li sobre isto num contexto de desenvolvimento/reparação/teste de dispositivos.


* Bom, em princípio, acho eu... a verdade é que as coisas podem estar a potenciais diferentes (uma com excesso de electrões, outra com falta), e ao encostarem-se haver uma descarga de equalização (a descarga estática que todos conhecemos é uma equalização do potencial entre 2 corpos). Nunca entendi se é mesmo seguro começar a tocar em qualquer ponto isolado de alta tensão sem haver por exemplo uma prévia equalização "lenta" do potencial em ambos os corpos. As típicas descargas estáticas não nos matam, mas na prática tudo é feito de valores concretos e não sei como se comparam essas descargas com outros pontos de alta tensão.

Offline LVirtual

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #32 em: 06 de Setembro de 2017, 07:47 »
Imagine um aparelho que tem um transformador e que um dos secundários, de 1000V 0.1A se encontra flutuante em relação à massa (ou como lhe quiser chamar). Meta os dedos em dois pontos do circuito que estejam a 1000V um do outro e fina-se que nem uma formiga. Mais, quando encostar o primeiro dedo nada sentirá, quando encostar o segundo ... será rápido.

Explique lá agora como o salvará o diferencial ou qualquer outro artefacto que não inclua, antes de mais, extremo cuidado. E sabe qual o primeiro cuidado? Usar apenas uma mão.

dizer que esta situaçao é possivel de acontecer concordo. agora discordo é que mesmo em portugal nas empresas de manutençao ou reparaçao de sistemas electricos com DDP destes nao existam normas de trabalho que impeçam que essas coisas aconteção.

Por via do trabalho que fazia antigamente tive a sorte de estar um dia quase todo numa das oficinais gerais de material circulante do metro de lisboa e em conversa com o director de manutençao deu bem para perceber que existem por la carris metalicos no chao que estao a um potencial de 500 ou 700 volts DC, mas que so entram em carga com a carraguagem em cima e mesmo assim sob grandes proteções de segurança. Todas as composiçoes do metropolitanto e tambem as dos comboios da CP que sao os equipamentos que eu conheço com uso de grandes DDP tem todos condensadores especiais para lhes permitir circular alguns metros sem necessidade de eletrificar as linhas aereas nem as do chao. em todos esses locais em que se tem que trabalhar com sistemas em carga de alta tensao, porque 1000 Volts ja nao é baixa tensão, existem normas de trabalho que impedem que qualquer azelha ou artista da mao no bolso pegue no fato macaco sequer.
Mesmo noutros locais de trabalho em que tenha que se mexer em sistemas electricos em carga existem normas de segurança e de conduta que obrigam a que as pessoas saibam o que fazem e tenham consciencia do perigo mais elevado que o normal ao mexer em transformadores em carga ou motores a trabalhar.

É claro que estas coisas podem acontecer, so nao acontece a quem nao faz nada, mas falar delas como se fosse o pao nosso de cada dia, acho que tambem é um pouco exagerado e so vai fazer trasnparecer para quem lê que reparar um transformador de 1000 Volts é algo tao grave e mortal que o melhor é deita-lo fora.

dito isto tudo acho que mais uma vez andamos aqui a discutir o sexo do anjos, se será á quinta  a tarde ou se ao sabado de manha...
"O defeito mais grave dos humanos, aquele que coloca mais obstáculos à sua evolução, é a crença profundamente arreigada na infalibilidade dos seus raciocínios e dos seus pontos de vista."

Offline SerraCabo

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #33 em: 06 de Setembro de 2017, 14:41 »
Para se bater as botas nas condições que referi basta que se tente reparar um forno de micro-ondas, um aparelho que tenha que manipular sistemas mecânicos a cristais piezoeléctricos, um osciloscópio a CRT, um flash de fotografia ou coisa parecida,

Mais, basta que se desconheça o que e capaz de fazer a um gajo um solenóide ou bobina de dimensões apreciáveis, mesmo de 6V, quando desliga. Será preciso dar o exemplo das velas de ignição dos carros, para não falar doutros sistemas de ignição capazes de matar um cavalo?

Não falta por aí tralha capaz de matar um gajo sem que o interruptor diferencial veja qualquer anomalia.

Mais, o excesso de confiança na segurança é tão mortal quanto a inconsciência. Aliás, trata-se de dois casos de inconsciência: um por excesso outro por falta.

Offline SerraCabo

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #34 em: 06 de Setembro de 2017, 14:47 »
Njay,

Mesmo quem trabalha e baixas tensões (vulgo 230/400V) sabe que, apesar das botas, luvas etc, é extremamente perigoso que se apoie a mão livre à parede ou ao chassi do quadro, por exemplo.

Vejamos o caso da perigosidade das luvas de borracha. São excelentes elementos de segurança, todos dirão.

Pois. Mas é melhor que não tenham um orifício e que o técnico não sue das mãos, coisa fatal como o destino no verão.

O suor tem muito sal e é muito bom condutor (neste contexto). Se ele encostar a luva à parece e o suor sair pelo orifício e chegar à parede, ou, pior, ao chassi do quadro, o técnico ... 'dança'. E nos quadros matulões os diferenciais (se os houver) nunca são muito sensíveis.

Se for 'preguiçoso' e meter a mão no bolso ... :)
« Última modificação: 06 de Setembro de 2017, 14:49 por SerraCabo »

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #35 em: 06 de Setembro de 2017, 15:26 »
Serra, se for preguisoso e meter a mao no bolso, fica parado e nao faz nada.

Na maior parte dos trabalhos de manutençao fazem sempre falta as duas mãos. so quem estiver sentado a uma secretaria a brincar no computador é que precisa apenas da mao direita para mexer no rato, isto se nao for canhoto. :)

Todos os tecnicos eletricistas de baixa ou alta tensao tem formaçao suficiente, se nao for por via do curso, por via da experiencia pratica para saberem e estarem conscientes da gravidade de todos esses pormenores. E por isso sao raros os acidentes por electrocussao no trabalho com "Tecnicos" de sistemas electricos. E tambem como ja frisei antes as normas actuais de segurança no trabalho mesmo em solo tuga na esmagadora maioria das empresas sao de tal ordem que é rarissimo acontecer qualquer dos acidentes aqui descritos passiveis de acontecer.

Nao quero com isto dizer e friso isto mais uma vez que nao sejam passiveis de acontecer, claro que sim, mas ja estao todos estudados devidamente por quem de direito e esse quem de direito ja passou para o papel as normas e regras para evitar esses acidentes.
Isso podia ser algo frequente ha 50 anos atras, hoje em dia ja nao é assim.
Em nenhuma empresa digna desse titulo nenhum oficial electricista deixa um aprendiz ou caloiro mexer em sistemas em que possam ocorrer as situaçoes que tens descrito.
Mesmo os caloiros ja vem mais bem ensinados das escolas pela "velha guarda" que assistia a esse tipo de acidentes por excesso ou falta de zelo ou de confiança.

So uma pessoa inconsciente e que nao perceba nada de eletronica e de fisica e de eletricidade é que se poe a mexer num forno microondas para tentar arranjar seja o que for la dentro. ate porque se nao faz ideia do que é que tem que fazer, vai mexer em que parte do forno?

Nao é preciso ser quadros matuloes para matar qualquer curioso, basta que tenha la dentro um disjuntor ou interruptor e fios ou cabos que venham da rede eletrica nacional. ;)

Nunca é demais avisar os incautos e curiosos dos perigos da eletricidade, mas uma coisa deve vir sempre antes disso, "se nao sabe sequer o que é o fio verde/amarelo nem para que serve, entao nao mexe. ponto"

ja existe ha decadas o ditado popular que diz: "A curiosidade matou o gato". E isso aplica-se muito bem na eletricidade e nao só.
Se nao sabe, primeiro aprende acerca de, depois entao vai treinando a mexer com o apoio de quem sabe.
Nao tem nada que saber, passe a expressao.
Para mexer sabendo existem cursos e certificaçoes que ate nem sao de borla.
Se a vida fosse assim tao simples nem sequer era preciso ir para a escola aos 6 anos, cada um aprendia sozinho tudo o que haveria para aprender e pronto tava o assunto resolvido...

"O defeito mais grave dos humanos, aquele que coloca mais obstáculos à sua evolução, é a crença profundamente arreigada na infalibilidade dos seus raciocínios e dos seus pontos de vista."

Offline jm_araujo

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #36 em: 06 de Setembro de 2017, 15:36 »
Tá resolvido: filijoa, para fazer uma bancada de testes com 230V para o teu hobby de eletrónica tens de tirar "cursos e certificaçoes que ate nem sao de borla",  para mais tarde "treinar a mexer com o apoio de quem sabe", e um dia talvez com sorte possas dar-te ao privilégio de abrir um micro-ondas se sequer teres de meter uma mão no bolso, mas só tendo a certeza que adquiriste primeiro os conhecimentos  necessários "de eletronica e de fisica e de eletricidade"!

 ::) ::) ::)
« Última modificação: 06 de Setembro de 2017, 15:38 por jm_araujo »

Offline LVirtual

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #37 em: 06 de Setembro de 2017, 15:47 »
e vais ser tu que lhe vai passar a certificaçao e dizer qual vai ser a mao que mete no bolso consoante o tipo de microondas a reparar.
mas parece-me que ele nao tinha inicialmente vontade de reparar microondas mas sim motores...

Mas nem sei para que foi esta discussao toda, se basta fazer uma pesquisa no google sobre bancadas de trabalho para actividades de reparaçao de equipamento electrico e encontrar dezenas de imagens e publicidade de fabricantes de bancadas dessas. basta ver as caracteristicas de cada uma e escolher a mais atraente para copiar...

tudo o resto que ja escreveste, como disseste antes é apenas filosofia de bolso ;)

edit:
Toma, tens aqui uma bancada de teste de motores electricos para venda:
http://www.intelengi.com.br/produtosDetalhes.asp?id=249&link=Manuten%E7%E3o%20e%20teste%20de%20motores%20el%E9tricos%20-%20BP1&subCat=138&idCat=98

é so copiar as caracteristicas dessa e fazer uma igual.
« Última modificação: 06 de Setembro de 2017, 15:54 por LVirtual »
"O defeito mais grave dos humanos, aquele que coloca mais obstáculos à sua evolução, é a crença profundamente arreigada na infalibilidade dos seus raciocínios e dos seus pontos de vista."

Offline artur36

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #38 em: 06 de Setembro de 2017, 19:42 »
Imagine um aparelho que tem um transformador e que um dos secundários, de 1000V 0.1A se encontra flutuante em relação à massa (ou como lhe quiser chamar).
A massa é o valor tido como referência num qualquer circuito eléctrico ou electrónico, Um circuito diz-se flutuante  quando não existe nele qualquer tensão referenciada a uma tensão exterior.
Quando medimos uma Tensão num circuito flutuante estamos sempre a escolher de uma forma mais ou menos arbitrária uma Massa para este, a Tensão é por  definição uma Diferença De Potencial ou seja temos de referenciar sempre o seu resultado a um qualquer ponto, quer isto dizer que teremos uma massa no circuito mesmo ele sendo flutuante ou seja não tendo nenhum ponto ligado a uma referência externa, normalmente essa referência é a Terra.
Massa e Terra são dois conceitos que num circuito eléctrico não flutuante podem assumir o mesmo valor mas nunca devem ser confundidos pois são coisas completamente diferentes.

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Meta os dedos em dois pontos do circuito que estejam a 1000V um do outro e fina-se que nem uma formiga. Mais, quando encostar o primeiro dedo nada sentirá, quando encostar o segundo ... será rápido.
Explique lá agora como o salvará o diferencial ou qualquer outro artefacto que não inclua, antes de mais, extremo cuidado. E sabe qual o primeiro cuidado? Usar apenas uma mão.
Pedi atrás precisamente para me exemplificar um caso em que tal acontecesse, já muitas vezes disseram e se aconter? mas nunca demonstraram uma situação em que tal não se deve-se à mais pura Burrice, burrice essa que só iria ser ampliada ao andar a realizar uma qualquer medição ou reparação com apenas uma mão num circuito energizado e capaz de fornecer 1000V a 0.1A, se for 230V ou 120V é igual são tudo tensões perigosas e como tal devem ser tratadas com os devidos cuidados.

Para se bater as botas nas condições que referi basta que se tente reparar um forno de micro-ondas, um aparelho que tenha que manipular sistemas mecânicos a cristais piezoeléctricos, um osciloscópio a CRT, um flash de fotografia ou coisa parecida,
Mais, basta que se desconheça o que e capaz de fazer a um gajo um solenóide ou bobina de dimensões apreciáveis, mesmo de 6V, quando desliga. Será preciso dar o exemplo das velas de ignição dos carros, para não falar doutros sistemas de ignição capazes de matar um cavalo?
Não falta por aí tralha capaz de matar um gajo sem que o interruptor diferencial veja qualquer anomalia.
Mais, o excesso de confiança na segurança é tão mortal quanto a inconsciência. Aliás, trata-se de dois casos de inconsciência: um por excesso outro por falta.
O problema não está em nenhum momento relacionado com a capacidade letal de um circuito mas sim com o não tomar os devidos cuidados para reduzir os riscos associados e trabalhar com uma mão presa no bolso para mim só aumenta mais esses riscos porque se está a medir um circuito energizado está a medir diferenças de potencial entre dois pontos portanto ou segura uma ponta de prova em cada mão (o que por si só é suficiente para evitar contactos com pontos energizados pois estas pontas de prova devem garantir SEMPRE o isolamento em relação ao circuito a ser medido) ou está a fazer equilibrismos para segurar as pontas numa só mão, se usa um "crocodilo" numa das pontas de prova para não ter de a segurar usa dois e já não necessita de estar sequer perto do circuito.

O excesso da confiança na segurança só existe se não nos assegurarmos nós próprios da segurança, se nós temos conhecimentos\capacidade e asseguramos as condições de segurança antes de iniciar o trabalho podemos confiar nessa segurança, se não temos conhecimentos, capacidades ou ignoramos o bom senso e as normas de trabalho devemo-nos abster de realizar esse trabalho.

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Njay,
Mesmo quem trabalha e baixas tensões (vulgo 230/400V) sabe que, apesar das botas, luvas etc, é extremamente perigoso que se apoie a mão livre à parede ou ao chassi do quadro, por exemplo.
Vejamos o caso da perigosidade das luvas de borracha. São excelentes elementos de segurança, todos dirão.
Pois. Mas é melhor que não tenham um orifício e que o técnico não sue das mãos, coisa fatal como o destino no verão.
O suor tem muito sal e é muito bom condutor (neste contexto). Se ele encostar a luva à parece e o suor sair pelo orifício e chegar à parede, ou, pior, ao chassi do quadro, o técnico ... 'dança'. E nos quadros matulões os diferenciais (se os houver) nunca são muito sensíveis.
Se for 'preguiçoso' e meter a mão no bolso ... :)
Se trabalha realmente na indústria deverá saber que as botas isolantes só são usadas para trabalhos em média tensão, nas restantes situações por norma usam-se botas ESD Safe que são o oposto e permitem um caminho de fuga para a terra.
Uma parede que não encharcada em água será sempre um mau condutor pelo que irá sempre adicionar resistência àquele naturalmente presente no nosso corpo e como tal acaba por ser em pequena dose um mecanismo de defesa contra os choques eléctricos pois reduz a corrente que atravessa o corpo.
Se a pessoa quer usar luvas de borracha para prevenção de choques eléctricos deve usar luvas criadas para esse fim, juntamente com isso deverá ler as indicações do fabricante que declara que o isolamento só pode ser garantido se sempre que se usarem as ditas luvas se use por cima destas luvas capazes de garantir a resistência mecânica nos trabalhos a desenvolver (luvas de cabedal) para evitar que o seu isolamento seja violado por danos físicos na luva isolante, isto não é só o fabricante que diz mas também as normas que regulam o sector. Se queremos ignorar completamente os regulamentos e fazer o que nos dá na real gana tudo bem cada um é livre de fazer o que lhe apetece mas também deverá saber aceitar as merecidas consequências  mesmo o Darwin Award.

Offline artur36

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #39 em: 06 de Setembro de 2017, 19:57 »
* Bom, em princípio, acho eu... a verdade é que as coisas podem estar a potenciais diferentes (uma com excesso de electrões, outra com falta), e ao encostarem-se haver uma descarga de equalização (a descarga estática que todos conhecemos é uma equalização do potencial entre 2 corpos). Nunca entendi se é mesmo seguro começar a tocar em qualquer ponto isolado de alta tensão sem haver por exemplo uma prévia equalização "lenta" do potencial em ambos os corpos. As típicas descargas estáticas não nos matam, mas na prática tudo é feito de valores concretos e não sei como se comparam essas descargas com outros pontos de alta tensão.



Aos 02:08 e aos 03:23 podes ver como é feita a aproximação e a "desaproximação"a um condutor de alta tensão. Apesar de se verem 4 cabos em todos está presente a mesma fase pelo que se comportam como um só condutor, de salientar que o operador veste um fato isolante e está "flutuante" pois o helicóptero não tem qualquer ligação ao chão, o procedimento é o mesmo quando se aproxima do chão.
Se tentares o mesmo num transformador não referenciado podes ter o mesmo efeito através do teu corpo mas numa escala muito mais pequena, independentemente da situação irá sempre existir uma equalização de cargas entre o corpo e o ponto do circuito, a intensidade do fenómeno é sempre directamente proporcional à diferença de cargas entre os pontos de "contacto" podendo nem sequer ser perceptível até porque existe sempre impedância envolvida pelo meio que irá prolongar no tempo essa equalização.
« Última modificação: 06 de Setembro de 2017, 20:09 por artur36 »

Offline SerraCabo

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #40 em: 06 de Setembro de 2017, 20:32 »
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O excesso da confiança na segurança só existe se não nos assegurarmos nós próprios da segurança, se nós temos conhecimentos\capacidade e asseguramos as condições de segurança antes de iniciar o trabalho podemos confiar nessa segurança, se não temos conhecimentos, capacidades ou ignoramos o bom senso e as normas de trabalho devemo-nos abster de realizar esse trabalho.

Esse enunciado não significa exactamente o que pretende porque a inclusão do bom senso é o elemento que manda desconfiar de todos os restantes postulados e é disso que tenho sistematicamente chamar à atenção. Manda o bom senso que, numa situação de perigo potencial, a mão que não é necessária fique no bolso. Mais, até em situações em que o perigo não espreita manda o bom senso continuar a trabalhar-se como se existisse. Mais ainda, aquele que se habitua a trabalhar em condições mais ou menos ideais de segurança tende a a ser quem não se apercebe do momento em que está fora delas e o primeiro a ser apanhado pelo gato.

Offline artur36

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #41 em: 06 de Setembro de 2017, 20:33 »
Tá resolvido: filijoa, para fazer uma bancada de testes com 230V para o teu hobby de eletrónica tens de tirar "cursos e certificaçoes que ate nem sao de borla",  para mais tarde "treinar a mexer com o apoio de quem sabe", e um dia talvez com sorte possas dar-te ao privilégio de abrir um micro-ondas se sequer teres de meter uma mão no bolso, mas só tendo a certeza que adquiriste primeiro os conhecimentos  necessários "de eletronica e de fisica e de eletricidade"!
 ::) ::) ::)

Queres conhecer os regulamentos aplicáveis em Portugal? Toma lá:
Regras técnicas aplicáveis a instalações eléctricas
Ficas a dever-me 1000X o valor monetário que tens de dispender para aceder aos diversos documentos, se o teu acesso à internet não permitir a descarga de PDF's "médios" avisa-me e manda-me a tua morada que eu envio-te por carta os documentos em suporte físico por 10X o custo para mim de tal envio e suporte.

Queres cursos\ formações técnicas? Toma lá:
ISEP
Foresp - Escola Tecnológica Vale de Cambra
ATEC - Várias localizações espalhadas pelo país
Esta informação vai de graça, quanto a custas desta formação no ISEP pagas propinas e tens direito a Bolsa de estudo e ajudas de custo de valor SUPERIOR a 2X o custo das propinas, nas outras duas entidades é formação financiada, não pagas propinas e recebes ajudas de custo.

Uma vez que és de Vila do Conde fica também este se conheceres alguém que procure formação gratuita e não encontre:
http://escolaprofissionalviladoconde.pai.pt/ms/ms/escola-profissional-de-vila-do-conde-cursos-profissionais-4480-754-vila-do-conde/ms-90036283-p-4/

Offline SerraCabo

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #42 em: 06 de Setembro de 2017, 21:18 »
artur36
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Uma parede que não encharcada em água será sempre um mau condutor pelo que irá sempre adicionar resistência àquele naturalmente presente no nosso corpo e como tal acaba por ser em pequena dose um mecanismo de defesa contra os choques eléctricos pois reduz a corrente que atravessa o corpo.

Explique lá como é que a mão na parede adiciona resistência a um circuito que antes da mão estar na parede tem como componente de maior resistência um valor praticamente infinito (a distância entre a mão e a parede). Essa lei de Ohm tá fraca. E assim que se é apanhado pelo gato.

Se é isso que ensinam mas normas de segurança, atire-as todas fora.

Uma parede, apenas com a humidade atmosférica (digamos 60%, o que é pouco, mas a parede não fica mais 'seca' que isso), é um perigo se lhe encostarmos uma mão e tivermos o acidente de ficar com a outra a um potencial significativo. Basta que um cabo que se encontra desligado dos dois lados, caia roçando numa mão e o caro dançará se esse cabo for muito comprido, estiver encostado (em calhas, por exemplo) a cabos em tensão alternada que não sejam de neutro e a outra mão estiver na parede. Dança que nem um gafanhoto.

Não ensinam isso nas normas?

Ouça o que dizem mos velhos, O diabo não sabe muito por ser diabo mas por ser velho.

Offline artur36

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #43 em: 06 de Setembro de 2017, 22:19 »
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O excesso da confiança na segurança só existe se não nos assegurarmos nós próprios da segurança, se nós temos conhecimentos\capacidade e asseguramos as condições de segurança antes de iniciar o trabalho podemos confiar nessa segurança, se não temos conhecimentos, capacidades ou ignoramos o bom senso e as normas de trabalho devemo-nos abster de realizar esse trabalho.

Esse enunciado não significa exactamente o que pretende porque a inclusão do bom senso é o elemento que manda desconfiar de todos os restantes postulados e é disso que tenho sistematicamente chamar à atenção. Manda o bom senso que, numa situação de perigo potencial, a mão que não é necessária fique no bolso. Mais, até em situações em que o perigo não espreita manda o bom senso continuar a trabalhar-se como se existisse. Mais ainda, aquele que se habitua a trabalhar em condições mais ou menos ideais de segurança tende a a ser quem não se apercebe do momento em que está fora delas e o primeiro a ser apanhado pelo gato.
o bom senso manda que nos abstenhamos de realizar um trabalho se não temos a certeza de que existem condições de segurança e que todas as situações perigosas que se podem eliminar foram eliminadas.
O principal responsável pela segurança de um trabalho é a pessoa que o está a realizar, se a pessoa tiver uma conduta responsável de segurança e em TODOS os trabalhos avaliar primeiro a segurança e só iniciar o trabalho depois da segurança estar assegurada vai poder garantir a sua segurança. A pessoa não deve trabalhar mais ou menos em condições de segurança, deve garantir que as condições de segurança estão todas presentes, assim garante sempre a sua segurança, se não é capaz de garantir a sua segurança não faz o trabalho PONTO.
O problema da vossa abordagem é em momento algum falarem em garantir a segurança antes de iniciar o trabalho e colocarem a confiança toda numa mão presa no bolso como sendo:
E uma das melhores regras que vi até hoje...
Conheço essa história desde que andava de fraldas, quando me contaram que "um bom electricista trabalha sempre com uma mão no bolso
Aqui está o problema confiar a segurança a uma meia solução porque:
Se só se consegue evitar colocar a mão onde não se deve prendendo-a no bolso então prendam as duas e vão tomar café enquanto alguém competente faz o trabalho, porque só assim é garantido que não colocam a mão onde não devem.

Assumamos o pior cenário que apontam como a principal razão para a vosa abordagem ao problema, um quadro de potência industrial, armário completamente metálico mas porque alguém não cumpriu os regulamentos não tem a sua estrutura com a devida ligação equipotencial à terra, por uma qualquer causa ainda a descortinar uma das fases começou a fazer contacto com a platine do quadro ficando esta com um potencial de 230VAC, aqui temos uma situação bastante perigosa que tinha sido evitada pelo cumprir dos regulamentos mas mesmo assim continuemos a análise.
Chega lá o técnico para fazer uma qualquer outra intervenção (c omo os regulamentos e as boas práticas não foram cumpridos o diferencial não disparou para denunciar a falha e evitar acidentes posteriores) abre o armário e ao fim de algum tempo porque está cansado ou simplesmente é "malandro" apoia-se com a mão esquerda na platine (porque quer descansar ou porque é malandro demais para abrir mais uma porta do armário e prefere espreitar por trás dela, são as duas únicas opções para isto acontecer que me ocorrem agora) entretanto continua a intervenção enquanto está apoiado à plátine e porque não tem mais nada para fazer desliga um qualquer condutor (Novamente se cumprir com os regulamentos e as boas práticas nenhum outro elemento sobre tensão num quadro pode estar ao alcance do toque acidental) de uma fase diferente da que está na plátine sem cortar a energia que o alimenta e distraidamente agarra a ponta desprotegida do fio, têm razão ele morreu, mas não morreu porque não tinha a mão no bolso MORREU PORQUE NÃO CUMPRIU OS REGULAMENTOS E AS NORMAS DE BOAS PRÁTICAS E NÃO GARANTIU A SUA SEGURANÇA e não foi por um erro foram precisos quatro erros simultâneos:
 -  A estrutura metálica não estava aterrada; se isto acontecesse o diferencial teria disparado mal uma fase entra-se em contacto com a estrutura.
 -  Apoia-se na plátine; não existe razão para tal acontecer, o armário totalmente aberto tem de dar completo acesso e visibilidade ao seu interior e se está cansado não deve realizar trabalhos na presença de um qualquer risco potencialmente fatal.
 -  Desliga um condutor de um qualquer equipamento sem antes cortar a alimentação a montante.
 -  Agarra a ponta descarnada de um fio; podem dizer que basta tocar com o condutor nú na pele para haver o choque, mas se ele não tiver pelo menos dois dedos opostos a tocar (a definição de agarrar) no condutor a contração muscular não o faz manter o contacto pelo contrário, faz o braço colar-se ao corpo afastando-se assim do condutor, logo apanhava um cagaço mas não morria.

Antes que apontem falhas ao meu suponhamos aqui estão elas:
 -  Pode ter-se desequilibrado e assim é obrigado a encostar-se à plátine - Se tem uma mão presa no bolso mais depressa se desequilibra e como tem a mão no bolso não se consegue apoiar e cai dentro do quadro, com bocado de sorte como é averso aos regulamentos e não conhece ou não cumpre as boas práticas do sector deixou o barramento de entrada sem a devida protecção e ao cair sobre este morre logo ali.
 -   Desligou o fio ou usou um pequeno shunt apenas para forçar um sinal - é feito regularmente pelos mais variados técnicos mas não deixa de ser errado, se precisa de fazer um shunt para forçar um sinal a meio de um processo (não pode desligar os equipamentos fazer o shunt de forma fixa e voltar a ligar) deve fazê-lo com equipamento devidamente isolado, de certeza que já repararam que as pontas de prova com isolamento decente  tem apenas uma pequena ponta desprotegida e um bocado antes do metal têm uma saliência para que os dedos não escorreguem para a ponta.
 -  Não tocou num fio que previamente desligou mas sim nos parafusos de um qualquer equipamento de quadro que se encontravam desprotegidos - Todos os equipamentos de um quadro eléctrico devem obedecer à regras do sector uma das condições obrigatórias é que nenhum componente sobre tensões perigosas esteja acessível a um toque inadevertido, sempre que tal não seja possível devem ser tapados com uma protecção que só deverá ser retirada com o equipamento desenergizado, de certo já repararam que nos disjuntores e afins os parafusos que apertam os fios encontram-se num "buraco" mais profundo que a superfície do equipamento, se já lidaram com equipamento de maior potência em que os parafusos são maiores e como tal os dedos podem entrar nos buracos dos parafusos existem protecções que tapam este furo e toda a ligação.
 -  Estava a realizar o reaperto periódico dos parafusos que seguram os condutores aos equipamentos como recomendado pelas boas práticas e pelo fabricante dos equipamentos e acidentalmente tocou na parte metálica da chave, qualquer trabalho em equipamento sobre tensão deve ser OBRIGATORIAMENTE feito com recurso a ferramentas com o isolamento devido, as chaves de fendas\philips com isolamento conforme as normas só têm uma pequena ponta desprotegida e os equipamentos de quadro são construidos de tal maneira a que esta porção de material desprotegido fique dentro do equipamento (o tal "buraco" em que o parafuso fica) e protegida de contactos acidentais por este.

Offline SerraCabo

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Re: Preparar bancada de testes
« Responder #44 em: 06 de Setembro de 2017, 22:34 »
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o bom senso manda que nos abstenhamos de realizar um trabalho se não temos a certeza de que existem condições de segurança e que todas as situações perigosas que se podem eliminar foram eliminadas.

O bom senso manda estar-se sempre à defesa. Antes, durante e depois.