Boas,
Boas!
Eu compreendo e concordo com as tuas preocupacoes. Mas tenho algumas notas e comentarios, sendo que o principal é: as pessoas (sociedade em geral) nao pode ficar a chorar no problema, tem de evoluir.
Nao concordo que seja uma coisa má e que deva ser preocupacao e ser resolvida, pelo contrario, as coisas tem de evoluir (na europa) para isso deixar de ser um problema, quando nao for um problema, nao precisa de ser resolvido.
Actualmente concordo que isso seja (ainda) um problema para grande parte da populacao (trabalhadora indiferenciada, pouca formacao, sector basico..etc) e o tecido empresarial era baseado em grandes fabricas.
Se as fabricas ja nao precisam de pessoas (porque foram para a Asia ou subsituidas por robots) entao as pessoas vao ter de trabalhar em algo de novo. Obviamente é um problema para quem tem 40..50..60 anos e sempre trabalhou na mesma fabrica, no mesmo posto a vida inteira.. e se as fabricas faziam sempre o mesmo.. porque era so preciso material.. pessoas.. e expedir produto feito..
A Europa (continente envelhecido, pouca densidade populacional), IMO, terá de trabalhar na formacao e educacao da populacao. Os sectores industriais, terao de evoluir e diferenciar-se. O trabalho sera de ser no sentido de "criar produtos de valor acrescentado".
Um bom exemplo para aqui chamado, Portugues, é a evolucao que o sector do calcado tem feito. Deve ter chorado ah uns anos atras com o problema da Asia, mas tem sido dos primeiros a lavar a cara e a renovar-se. Nao compete a produzir quantidades, mas compete com a diferenciacao e valor acrescentado.. luxo.. qualidade, etc com vista a mercados que possam pagar esses produtos a esse preco.
Outro exemplo, é o dos relogios Suicos. Essa industria muito antiga, teve um big fail, quando o japao comecou a fazer relogios de quartzo.. eles nao evoluiram na altura, nao acreditavam em relogios electronicos. Tiveram de evoluir e diferenciar-se noutro sentido.. (semelhante ao do calcado)
Por isso a meu ver, a maneira mais facil e melhor a pensar era "mandem fazer e comprem tudo o que é banal na Asia, descubra-se ca a maneira de criar o que nao é banal e acrescentar valor aos produtos"
Se nao é possivel competir com os custos laborais asiaticos, vamos continuar a insistir produzir as coisas ca?
O unico factor positivo de fazer cá é a localizacao, mas ja pouco compensa.
Para competir com os valores, eventualmente o tipo de empresas teria de ser patrocionado.. mas.. .pelo estado? pelos contribuintes? fundos? empresas?
Por fim, um outro ponto: os custos asiaticos nao vao durar para sempre. É de notar os protestos na china... ha empresas que "em vez de uma, ja tem de pagar duas malgas de arroz".. e o dinheiro esta a ir para la, o poder de compra vai aumentar la, os precos vao la comecar a subir a pouco e pouco à medida que a populacao tem mais dinheiro.
Espero que venham a ser um pais "civilizado"!
