Eu não tinha percebido que era para fazer contes em contorno preciso. Mas o Araújo explicou muito bem.
Para que haja contorno (corte lateral) há ainda duas coisas importantes a saber-se:
1 - É preciso usar ferramentas (fresas e não brocas) em carboneto de tungsténio (carbide) porque a fibra é um material algo abrasivo. (As brocas só cortam axialmente, as fresas em princípio axial e radialmente)
2 - Aliada à alta velocidade necessária é ainda importante que haja cuidado com um fenómeno chamado "rubbing" (esfregamento?).
O esfregamento dá-se quando a lâmina (neste caso da fresa) não penetra o material por falta de agressividade ao avanço.
Toda a ferramenta de corte tem, no gume, determinado raio de gume (os gumes não têm uma aresta perfeita mas antes um arredondado extremamente fino a que chamamos o gume da lâmina). Chama-se a isso o raio (ou diâmetro) do gume.
Se a lâmina não for forçada (pelo avanço com que a obrigamos a penetrar no material) a, algo mais que o tal raio mínimo de penetração, a lâmina não penetra, esfrega-se (atrito) contra a parede do material a cortar e desgasta-se rapidamente.
É necessário que o avanço (carga aplicada à(s) lâmina(s)) seja calculado de forma a que elas cortem mesmo em vez de irem cortando/esfregando. Os fabricantes de fresas dão indicações.
Se a penetração for excessiva, a fresa parte-se.
É bem provável que não seja possível cortar-se o impresso de uma só vez a não ser com fresas algo largas. Se forem finas será necessário fazer mais que uma passagem progressivamente a maior profundidade.
Abraço
SC