collapse

* Posts Recentes

Transmissão de energia sem fios por dropes
[Hoje às 14:06]


MINI560 - corrente sem carga? por KammutierSpule
[14 de Maio de 2024, 15:09]


Arame de Estendal por SerraCabo
[11 de Maio de 2024, 14:15]


Meu novo robô por josecarlos
[11 de Maio de 2024, 10:52]


LLM Crawlers por TigPT
[04 de Maio de 2024, 21:40]


Emulador NES em ESP32 por dropes
[04 de Maio de 2024, 14:48]


Circuito Microfone que funcione por almamater
[27 de Abril de 2024, 17:14]


O que é isto ? por SerraCabo
[12 de Abril de 2024, 14:20]


Amplificador - Rockboard HA 1 In-Ear por almamater
[11 de Abril de 2024, 20:46]


Bateria - Portátil por almamater
[25 de Março de 2024, 22:14]

Autor Tópico: Preparar bancada de testes  (Lida 27199 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.

Offline artur36

  • Mini Robot
  • *
  • Mensagens: 795
Re: Preparar bancada de testes
« Responder #45 em: 06 de Setembro de 2017, 22:45 »
artur36
Citar
Uma parede que não encharcada em água será sempre um mau condutor pelo que irá sempre adicionar resistência àquele naturalmente presente no nosso corpo e como tal acaba por ser em pequena dose um mecanismo de defesa contra os choques eléctricos pois reduz a corrente que atravessa o corpo.
Explique lá como é que a mão na parede adiciona resistência a um circuito que antes da mão estar na parede tem como componente de maior resistência um valor praticamente infinito (a distância entre a mão e a parede). Essa lei de Ohm tá fraca. E assim que se é apanhado pelo gato.

Eu não disse que adicionava resistência ao ar, disse que adicionava resistência áquela existente naturalmente no corpo humano, como é óbvio a resistência só se adiciona aquando o contacto, assim o ar enquanto elemento isolante não existe nesta equação, pelo que a sua resistência até podia ser "infinito ao quadrado". Para a lei de Ohm funcionar é necessário que a resistência do ar seja integrada no circuito, no hipotético acidente que está constantemente a usar como só a mão no bolso sendo salvadora tem de existir contacto com a parede ou plátine do quadro pelo que o ar será uma resistência de valor perto do infinito em paralelo com a reistência do corpo humano e da parede (se considerarmos o ar como condutor este também dissipa corrente directamente para a terra) o que significa que o único efeito (ainda que muitooooooooo reduzido) é aumentar o valor da resistência equivalente.
Acho que qualquer um com sentido crítico percebe que é um não argumento e falacioso.
Pelo menos é o que me ensinaram juntamente com as normas.

Citar
Uma parede, apenas com a humidade atmosférica (digamos 60%, o que é pouco, mas a parede não fica mais 'seca' que isso), é um perigo se lhe encostarmos uma mão e tivermos o acidente de ficar com a outra a um potencial significativo.

As normas da física ensinaram-me que não existe resistência negativa (já conseguiram resistência virtualmente zero com recurso a estados de supercondução mas mesmo essas condições são extremamente difíceis de conseguir em laboratório e impossíveis em "ambiente natural" neste nosso globo a que chamamos de planeta terra) independentemente do nível de humidade a que a parede esteja vai sempre adicionar uma resistência em série com o corpo humano face à ligação do corpo directamente à terra, especialmente se considerarmos que a parede vai ter uma camada de tinta, pó e outras impurezas superficiais sem contar que a sua camada superfícial estará tendencialmente mais seca que o seu interior, e não esqueçamos que em ambiente industrial ou de oficina por norma as paredes não têm um camada de reboco à base de gesso que é altamente higroscópico.

Citar
Basta que um cabo que se encontra desligado dos dois lados, caia roçando numa mão e o caro dançará se esse cabo for muito comprido, estiver encostado (em calhas, por exemplo) a cabos em tensão alternada que não sejam de neutro e a outra mão estiver na parede. Dança que nem um gafanhoto.
Bem aqui tenho de assumir que me confundiu, não consigo decidir qual o erro que comete nesta tirada portanto analisemos os dois:
 -  Se o cabo está descarnado e uma das pontas faz contacto com a esteira não existe qualquer problema porque se esta for metálica as normas mandam que esteja devidamente equipotencializada e como tal ligada à terra.
 -  Se o que refere é que o cabo está desligado nas duas pontas e uma delas estão todos os seus condutores devidamente isolados e por via de passar no mesmo caminho de cabos que outros cabos de corrente alterna (aqui não percebi a referência ao Neutro mas a meu ver é irrelevante) são-lhe induzidas tensões então temos de ver o conjunto de cabos como um transfomador de isolamento com os cabos energizados a servir de enrolamento primário e o cabo desligado como enrolamento secundário, se tocamos na ponta do cabo não isolado a única coisa que estamos a fazer é referenciar essa tensão à Terra através do nosso corpo. Se essa tensão estiver referenciada por via da outra ponta estar em contacto com a terra então estabelecemos um caminho para essa tensão induzida criar uma corrente, já que sabe tanto sobre as normas e leis da física calcule-me aí qual a corrente que circulará através do meu corpo não se esqueça de contabilizar no circuito a resistência do meu corpo e a resistência da parede, só mais uma coisa não se esqueça da queda de tensão no cabo....

Citar
Ouça o que dizem mos velhos, O diabo não sabe muito por ser diabo mas por ser velho.
Ouço sim, por isso ouvi com atenção quem me ensinou as regras e normas um Velho com muitos anos a desenhar e lidar com sistemas de muito alta tensão e potência, entenda-se sub-estações aumentadoras de tensão nos maiores projectos hidroeléctricos portugueses.
E em nenhum momento ele me recomendou colocar a mão no bolso para evitar choques eléctricos, muito pelo contrário desmontou os argumentos de um colega que como vocês ouviu dizer que essa era a melhor técnica de protecção.

Offline SerraCabo

  • Mini Robot
  • *
  • Mensagens: 1.054
    • Serra Cabo
Re: Preparar bancada de testes
« Responder #46 em: 06 de Setembro de 2017, 22:48 »
Se o caro se apresentar com essa conversa para trabalhar numa empresa, pode ser que o admitam. Quando chegar ao grupo de trabalho propriamente dito todos pensarão: "este gajo é um perigo".

Numa instalação industrial de pequena dimensão, o gajo mais perigoso é o dono da empresa porque é tudo dele e mexe em tudo.

Quando o caro estiver em frente ao tal quadro eléctrico em nada deve confiar.

Numa instalação industrial de média dimensão, o gajo mais perigoso é aquele que quer mostrar que ele é que sabe poupar dinheiro e os técnicos são uns malandros.

Quando o caro estiver em frente ao tal quadro eléctrico em nada deve confiar.

Se o caro insistir na suprema conversa do santo regulamento, torna-se o mais perigoso gajo de todos por estar receptivo ao regulamento em detrimento da realidade. Quando der por ela nem percebe como conseguiu cometer um qualquer erro gigantesco e de nada lhe servirá reclamar que foi induzido em erro porque alguém atropelou o regulamento.

Olhe o gato ou, alternativamente, não sai de casa.

Offline SerraCabo

  • Mini Robot
  • *
  • Mensagens: 1.054
    • Serra Cabo
Re: Preparar bancada de testes
« Responder #47 em: 06 de Setembro de 2017, 22:52 »
"como é óbvio a resistência só se adiciona aquando o contacto,"

Aí está um exemplo de um erro grotresco.

Quando o caro tem a mão no ar tem a resistência do corpo mais a resistência do ar (entre a mão e a parede - valor 'quase infinito'). Quando a coloca na parede esse valor desaparece e é substituído pela resistência do contacto da mão mais a parede ... etc, muitíssimo mais baixo que 'quase infinito'.

Apareça com essas conversas num grupo de trabalho e todos franzirão o sobrolho.

Olhe a lei de Ohm e o gato.

Offline SerraCabo

  • Mini Robot
  • *
  • Mensagens: 1.054
    • Serra Cabo
Re: Preparar bancada de testes
« Responder #48 em: 06 de Setembro de 2017, 22:56 »
Citar
aqui não percebi a referência ao Neutro

O que explica tudo o resto que também não percebeu. A tensão que se forma no condutor do cabo completamente isolado tem origem na capacitância entre cabos que estão em tensão em relação à terra (ou ao neutro). Sendo comprido, morde que se farta.

Olhe o gato.

Offline artur36

  • Mini Robot
  • *
  • Mensagens: 795
Re: Preparar bancada de testes
« Responder #49 em: 07 de Setembro de 2017, 01:12 »
Quando o caro estiver em frente ao tal quadro eléctrico em nada deve confiar.

Quando o caro estiver em frente ao tal quadro eléctrico em nada deve confiar.

Se o caro insistir na suprema conversa do santo regulamento, torna-se o mais perigoso gajo de todos por estar receptivo ao regulamento em detrimento da realidade... que foi induzido em erro porque alguém atropelou o regulamento.
Aí é que está o busílis da questão, eu em momento algum disse que confiava em qualquer situação que me aparece-se pela frente, muito pelo contrário, por saber que devo desconfiar sempre que algo não está conforme desde o início que digo que a primeira coisa a fazer antes de iniciar o trabalho é garantir condições de segurança.
A vossa opinião é que a segurança maior que têm é amarrar a mão no bolso para não tocar em nada, demonstra falta de descernimento e confiança para avaliar as condições de segurança por isso avançam a medo com a mão matreira presa no bolso.

Se o caro se apresentar com essa conversa para trabalhar numa empresa, pode ser que o admitam. Quando chegar ao grupo de trabalho propriamente dito todos pensarão: "este gajo é um perigo"
Essa teoria saiu-lhe um bocado ao lado, não é se me apresentar numa entrevista, como técnico de automação posso dizer que já vou em duas empresas. Na primeira logo no primeiro dia de trabalho enquanto esperava documentação para puder trabalhar na instalação dos equipamentos em obra foi-me sugerido pelo responsável do departamento eléctrico fazer o reaperto de todas as ligações de quadros eléctricos depressa lhe demonstrei que os diabos que sabem muito por ser velhos que eram responsáveis pelas instalações eléctricas da nave industrial à muito que faziam ouvidos de mercador aos regulamentos e os parafusos à anos que não eram reaperto (os regulamentos estipulam 6 em 6 meses), tive circuitos de potência em que tive de dar mais 3 voltas aos parafusos, depois APARECEM os mais contactos nos quadros que dão metem motores a trabalhar em 2 fases e dão cabo de rebarbadoras.
Na segunda empresa onde trabalho actualmente posso dizer-lhe que ao contrário da sua opinião se há coisa que não deixam facilitar é na segurança e regulamentos, é o que dá projectar e executar projectos de vários milhões para empresas que implementadas em países onde a cultura da segurança já se encontra bem enraizada. É com orgulho que posso dizer que independentemente do custo as condições de segurança são sempre garantidas e os regulamentos cumpridos.
« Última modificação: 07 de Setembro de 2017, 01:22 por artur36 »

Offline artur36

  • Mini Robot
  • *
  • Mensagens: 795
Re: Preparar bancada de testes
« Responder #50 em: 07 de Setembro de 2017, 01:30 »
"como é óbvio a resistência só se adiciona aquando o contacto,"
Aí está um exemplo de um erro grotresco.
O erro grotesco é seu
O caso em análise é o do acidente com atravessamento de correntes pelo corpo humano, se o único caminho para a corrente é o ar (não existe contacto  e do corpo com a terra) e a resistência deste tende para o infinito não existe corrente a circular no corpo logo para o caso em estudo não faz sentido analisar, é claro que se não houver contacto à terra ou a outra fase não existe acidente.
Agora o caro usa a mão apoiada na parede como uma situação de risco muito grave, nesse caso temos de introduzir na equação a resistência da parede (como eu disse só faz sentido adicionar a resistência da parede quando existe contacto com esta), neste caso temos que para os valores que apresentei numa das primeiras respostas, situam-se entre os 500kOhm e 1kOh) e acho que podemos considerar que ninguém é estúpido o suficiente para fazer reparações eléctricas com a pele completamente molhada podemos considerar 10kOhm como um valor bastante baixo já para uma situação de trabalho logo sem considerar a resistência da parede temos que Idef=230/10k=23mA o que só por si já é uma corrente não mortal se adicionar-mos á equação a sua parede subimos a resistência e como tal baixamos a corrente.

Offline artur36

  • Mini Robot
  • *
  • Mensagens: 795
Re: Preparar bancada de testes
« Responder #51 em: 07 de Setembro de 2017, 02:00 »
Citar
aqui não percebi a referência ao Neutro

O que explica tudo o resto que também não percebeu. A tensão que se forma no condutor do cabo completamente isolado tem origem na capacitância entre cabos que estão em tensão em relação à terra (ou ao neutro). Sendo comprido, morde que se farta.

Olhe o gato.

Não percebi a referência ao Neutro porque diz:
Citar
cabos em tensão alternada que não sejam de neutro
Como o próprio diz na citação que tenho no início a capacitância é em relação ao neutro ou à terra, mesmo que não tenha qualquer linha de Neutro na esteira terá obrigatoriamente que ter linhas de terra, mesmo que por alguma razão obscura num esquema de alimentação TT não exista uma única linha de terra terá sempre a esteira metálica imediatamente por baixo dos cabos que os regulamentos obrigam a que seja aterrada, daí que não tenha percebido a referência a cabos que "não sejam de Neutro" pois o neutro estar lá ou não estar não afecta a questão a meu ver.

Ainda estou á espera dos cálculos em como a tensão induzida capacitivamente no cabo é capaz de gerar uma corrente capaz de febrilhar o coração de alguém de perfeita saúde, 50 a 100mA durante pelo menos 0,1s.
P.S.: quem use pacemaker pode morrer com correntes consideravelmente inferiores mas também ao ter esse tipo de aparelho é lhe vedado os trabalhos que envolvam o risco de choques elétricos.
P.S.2: Não nos abstraíamos do facto que em toda a duração do choque a calcular o indivíduo terá VC de estar em contacto com uma mão na parede e ter o referido cabo em contacto com o outro braço ou uma parte do corpo que faça a corrente atravessar directamente o coração.

Offline LVirtual

  • Mini Robot
  • *
  • Mensagens: 472
  • http://www.s-tronika.com
    • S-Tronika - Serviços Técnicos de Electrónica
Re: Preparar bancada de testes
« Responder #52 em: 07 de Setembro de 2017, 07:57 »
Citar
o bom senso manda que nos abstenhamos de realizar um trabalho se não temos a certeza de que existem condições de segurança e que todas as situações perigosas que se podem eliminar foram eliminadas.

O bom senso manda estar-se sempre à defesa. Antes, durante e depois.

O bom senso antes de estar à defesa, manda seguir a regras, normas e regulamentos de segurança no trabalho.
Como o Artur explicou e muito bem, esse tipo de acidentes que tens estado a enunciar assim como todas as teorias do medo que o araujo tem teimado em afirmar so acontece como eu disse antes, a gente inconsciente e curiosa demais para aprender primeiro e mexer depois, nem toda experiencia se ganha fazendo mas sim aprendendo primeiro a teoria com quem a sabe, depois vendo mexer por quem sabe, depois sendo ensinado por quem sabe, e depois fazer sem medos e dentro das regras de segurança.

Nao me parece que alguem que nem sequer sabe o que é verddeiramente a electricidade se ponha a desmontar e reparar motores ou microondas. Quem faz isso sao os totos que metem aqueles videos no youtube como aqueles que foram publicados aqui pelo araujo. Aquele gajo ´dos videos devia ser proibido de colocar aqueles videos na net, so serve para induzir em erro e por consequencia "ajuda-las" a ter acidentes com aquelas patacoadas todas que diz para alem do teatro que faz.

Tambem nao me parece que o filjoa nao tenha consciencia de todos os perigos aqui falados, visto que de alguma forma esta ligado á electronica. E tambem nao acredito que nao lhe deu agora a vontade de andar a reparar motores electricos AC em casa só porque sim e porque quer ganhar mais uns cobres porque a vida ta dificil para todos.

Senao nem se punha a pedir opinioes acerca duma bancada protegida convenientemente para realizar esse trabalho.
Qualquer mesa de campismo e uma extensao com os terminais a vista serviria para ver se o motor trabalha ou nao...

Muito sinceramente parece-me que ainda ha muitos hobystas que evoluiram da jardinagem para a electricidade sem saberem como é que funciona um interruptor...
"O defeito mais grave dos humanos, aquele que coloca mais obstáculos à sua evolução, é a crença profundamente arreigada na infalibilidade dos seus raciocínios e dos seus pontos de vista."

Offline SerraCabo

  • Mini Robot
  • *
  • Mensagens: 1.054
    • Serra Cabo
Re: Preparar bancada de testes
« Responder #53 em: 07 de Setembro de 2017, 11:16 »
Citar
Como o Artur explicou e muito bem, esse tipo de acidentes que tens estado a enunciar assim como todas as teorias do medo que o araujo tem teimado em afirmar so acontece como eu disse antes, a gente inconsciente e curiosa demais para aprender primeiro e mexer depois, nem toda experiencia se ganha fazendo mas sim aprendendo primeiro a teoria com quem a sabe, depois vendo mexer por quem sabe, depois sendo ensinado por quem sabe, e depois fazer sem medos e dentro das regras de segurança.

Regulamentos, regras de segurança e segurança são coisas extremamente conflituosas, em particular regras de segurança muito compartimentadas. Neste caso, a razão é simples: quanto mais compartimentam mais casos ficam de fora. A compartimentação da regulamentação (em particular no caso da segurança) tende a criar cada vez mais ruído à medida que se torna mais pormenorizada.

É justamente o regulamento que transforma o medo em teoria do medo que o regulamento garante acautelar.

São, regra geral, os inconscientes que mais medo têm. Não sabem de quê, mas têm medo e pensam, pensam, pensam e perguntam. É a fé na segurança do regulamento que cria mais inconsciência.

A coisa básica mantêm-se: se não precisarem mesmo, mantenham uma mão no bolso (bom entendedor percebe que não tem que ser mesmo no bolso, mas, por exemplo, nas costas).

Pássaro que canta demais pela manhã é apanhado de tarde pelo gato.

Offline LVirtual

  • Mini Robot
  • *
  • Mensagens: 472
  • http://www.s-tronika.com
    • S-Tronika - Serviços Técnicos de Electrónica
Re: Preparar bancada de testes
« Responder #54 em: 07 de Setembro de 2017, 11:26 »
os regulamentos electricos de todos os que ja li, tem uma razao de ser como estão feitos.
nao me parece que estejam compartimentados.
que eu tenha visto nenhum regulamento de segurança no trabalho infligiu até agora medo em qualquer pessoa competente e consciente do que esta a fazer.

os inconscientes deveriam aprender a tornarem-se conscientes do facto de que basta estar vivo para morrer.

alem disso se se esta a trabalhar numa bancada, nao temos paredes a jeito para tropeçar e encostar uma mao na parede e outra agarrar a ponta da bobine do motor que esta em carga, seria preciso em quase todos os casos ter braços de borracha para os conseguir esticar para vençer distancias se calhar de 3 metros ou mais.

era preciso ter uma pontaria maior do que no euromilhoes.
Uma coisa que muita gente mesmo sem ter nenhuma formaçao tecnologica sabe é que nunca se mexe num fio descarnado com o mesmo ligado a corrente electrica. ate as crianças sabem isso hoje em dia.

so os incautos e os que pensam que ja sabem tudo é que sao apanhados pelo gato ou pelo electrão. ;)
"O defeito mais grave dos humanos, aquele que coloca mais obstáculos à sua evolução, é a crença profundamente arreigada na infalibilidade dos seus raciocínios e dos seus pontos de vista."

Offline SerraCabo

  • Mini Robot
  • *
  • Mensagens: 1.054
    • Serra Cabo
Re: Preparar bancada de testes
« Responder #55 em: 07 de Setembro de 2017, 11:47 »
Citar
e consciente do que esta a fazer

A fronteira entre consciência e excesso de consciência (também chamado excesso de confiança porque se trata de confiança na consciência) é que permite ao gato apanhar o pássaro.

Embora possam dizer cobras e lagartos, ou contar a história do gato que apanhou a andorinha (vi com os meus olhos).

Numa casa térrea, de telha meia-cana, uma comunidade de andorinhas fez o ninho. No telhado, junto ao beiral, instalou-se um gato, enrolado, a "dormir". Os pássaros precisavam entrar no ninho mas não se atreviam. Saberiam provavelmente que ele não estava a dormir. Alguns, mais resolutos, começaram a voar junto ao gato passando rasantes ... de meio metro (a olho). Foram voando, piando alto, em jeito de arreliar o gato (talvez os que pensassem que ele estava a dormir).

A verdade e que isto parece a história do Heisenderg, a porra é que quando um dos pássaros passou apenas muito ligeiramente mais próximo do gato este esticou a pata (1 microsegundo) com as unhas de fora e a andorinha ficou lá espetada.

Foi o vento que traiu o pássaro? O gato que acordou mal disposto? Excesso de confiança do pássaro? Os filhotes que reclamavam mais vivamente por comida? Falta de regulamentação :) ?

A coisa pior que se pode ouvir é esta: se fizerem tudo certinho core tudo bem.

Offline LVirtual

  • Mini Robot
  • *
  • Mensagens: 472
  • http://www.s-tronika.com
    • S-Tronika - Serviços Técnicos de Electrónica
Re: Preparar bancada de testes
« Responder #56 em: 07 de Setembro de 2017, 12:11 »
nao me parece que o exemplo do passaro embora real e credivel sirva para demonstrar situaçoes humanas.

o gato limitou-se a fazer parar o barulho dos passaros porque queria dormir. o passaro teve azar porque nao sabia fazer contas de cabeça e nao mediu o comprimento das pernas do gato somadas ao comprimento das unhas esticadas.
O passaro nao estava nem com excesso nem com falta de confiança. estava com burrice por nao ter ido primeiro aprender a que distancia um gato estica as unhas.
e isso no caso dos animais, aprendem, observando os mais velhos do bando ou da alcateia whatever.

e porque os seres humanos sao mais desenvolvidos intelectualmente é que escrevem em livros e manuais e regras essas "sabedorias" acumuladas para que as mesmas nao se deturpem ao longo do tempo.
"O defeito mais grave dos humanos, aquele que coloca mais obstáculos à sua evolução, é a crença profundamente arreigada na infalibilidade dos seus raciocínios e dos seus pontos de vista."

Offline SerraCabo

  • Mini Robot
  • *
  • Mensagens: 1.054
    • Serra Cabo
Re: Preparar bancada de testes
« Responder #57 em: 07 de Setembro de 2017, 14:59 »
O que os habitantes locais (eu era uma visita) me disseram é que alguns gatos dali faziam de conta que estavam a  dormir até que uma afoita pisasse o risco. A verdade, deve andar por aí. Os gatos da minha zona não apanham nem um rato que lhes coma os bigodes. Estão demasiadamente habituados às 'latinhas'.

Cuidado com o excesso de confiança. Todos caem uns mais outros menos. Uns porque acham que "dominam", outros porque não acreditam que há bruxas, alguns, poucos, ... atiram-se de cabeça.

Tenho alguns incidentes no currículo e estou absolutamente consciente que jamais poderia trabalhar nas altas tensões.

Já agora, que cargas mecânicas (electromecânicas, etc) se usam por aí para testar motores em esforço (digamos, até 5hp)? E, como variar a carga mecânica (esforço ao veio)? Ou isso já só se faz para motores tipo elefante?

Muitos gajos que substituem motores me dizem que são frequentes os casos em que o enrolamento 'encosta' apenas numa dada banda de esforço. Sem esse tipo de teste consegue-se perceber que se pode relativamente confiar num motor?

Offline Njay

  • Mini Robot
  • *
  • Mensagens: 3.598
    • Tróniquices
Re: Preparar bancada de testes
« Responder #58 em: 07 de Setembro de 2017, 18:02 »
Foi o vento que traiu o pássaro? O gato que acordou mal disposto? Excesso de confiança do pássaro? Os filhotes que reclamavam mais vivamente por comida? Falta de regulamentação :) ?

Foi esta, definitivamente ;D!!

Offline artur36

  • Mini Robot
  • *
  • Mensagens: 795
Re: Preparar bancada de testes
« Responder #59 em: 07 de Setembro de 2017, 22:43 »
Foi o vento que traiu o pássaro? O gato que acordou mal disposto? Excesso de confiança do pássaro? Os filhotes que reclamavam mais vivamente por comida? Falta de regulamentação :) ?

Foi esta, definitivamente ;D!!

É o a tentativa clássica de fuga através da piada/sarcasmo daqueles que abominam os regulamentos ou as leis.
Todos dizem que os regulamentos/leis não podem nunca exercer qualquer poder sobre a natureza, nunca lhes dá é jeito reconhecer que a própria natureza tem os seus próprios regulamentos e leis. Ou vão dizer que a electricidade no seu todo e nas suas mais infimas partes não é "governada"  pelas leis e regulamentos da física? Não foi falta de regulamentação que "matou a andorinha"  foi precisamente o completo ignorar dos regulamentos da natureza que "matou a andorinha". As  regras da natureza estabelecem que um gato por fome, ou simplesmente prazer de brincar/treinar  as suas capacidades de caça, sempre que tal for possível  vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para apanhar a andorinha, a andorinha se tivesse a devida atenção aos regulamentos da natureza e antes de iniciar o trabalho e durante este (entenda-se por trabalho voar seja qual for o fim a que esse vôo se destina) tivesse garantido as condições de segurança, eliminando os riscos, ou na impossibilidade de tal acontecer adaptando o trabalho de modo a reduzir esse risco ainda estaria viva.

Falando ainda da estória da andorinha, vamos lá encontrar os erros, primeiramente os do contador:
 - Quem conhecer minimamente as características da andorinha sabe que esta usa os beirais das casas para fazer o ninho, ninho este suspenso por baixo do beiral para que este funcione como uma protecção contra as intempéries mas também contra predadores que possam atacar o ninho de cima. Logo aí a estória torna-se pouco plausível, se o gato se encontra por cima do telhado o beiral funciona como uma barreira protectora do ninho e as andorinhas não necessitam nunca de passar pelo gato para chegar ao ninho, basta que façam como normalmente a aproximação ao ninho pela frente da casa e a um nível inferior ao ninho como normalmente fazem. Podemos pensar que o beiral sendo de um telhado de meia-cana é bastante curto (a telha de meia-cana assim de cabeça terá cerca de 40 cm pelo que ficaram provavelmente menos de 20cm afastados da parede), mas novamente a andorinha só tem que fazer o que normalmente faz que é aproximar-se a partir da frente e de baixo. Como se vê a andorinha nunca passa em voo junto ao gato.
- Existe sim um momento em que nessa situação poderia ser perigoso, o momento em que o macho pára na entrada do ninho, enquanto alimenta a fêmea durante a fase de incubação dos ovos. Eventualmente o gato poderia ter evoluído e aprendido a esperar por cima do beiral pela hora da refeição da fêmea para se alimentar a si próprio, mas também a andorinha durante esse tempo evoluiu por forma a mitigar os ataques do gato. As leis e regulamentos da natureza garantem-nos que desde tempos imemoriais aquele que não evoluí/adapta às situações adversas extingue-se.
- Novamente que conhecer o comportamento das andorinhas sabe que estás nidificam em bando e nos mesmos locais, ano após ano, o mais incautos podem querer acreditar que é esta situação que permitiu gato evoluir e assim poder caçar facilmente as andorinhas, é verdade, mas pelas mesmas leis e regulamentos da natureza as andorinhas também evoluíram e sempre que actualmente os seus ninhos são danificados ou a zona é anormalmente afectada por predadores elas abandonam esse local e não voltam a nidificar. A isto chama-se evolução das espécies e seleção natural, são duas das leis/regulamentos da natureza.

Percebendo realmente a fábula acima vemos que tal como tenho dito devemos SEMPRE ter consciência dos riscos e fazer o necessário para os eliminar ou evitar, isto se tal como a andorinha queremos sobreviver às leis/regulamentos da natureza.

Ao contrário do LVirtual eu concordo que a fábula do gato e da andorinha demonstra conceitos completamente aplicáveis ao homem e á segurança relativamente á electricidade, ora vejamos:
 - Estamos ambos sujeitos às leis e regulamentos da natureza (sim a natureza também se rege por leis e regulamentos próprios). A andorinha não tem nenhuma guerra aberta com o gato para este a querer comer mas os regulamentos da natureza estabelecem que o gato enquanto felino carnívoro caçador irá tentar matar qualquer outro animal que consiga, também nós humanos não temos nenhuma guerra aberta com electricidade mas desde que existe o homem á electricidade está lá sempre pronta para o matar isto também por culpa dos regulamentos da Natureza, que são claros quando dizem que se existir uma diferença de potencial entre dois pontos interligados por um corpo condutor se irá estabelecer uma corrente directamente  proporcional à conductância  desse corpo.
- Tal como a andorinha evoluiu para se aproveitar das nossas construções para fazer o ninho e mais recentemente da iluminação das nossas cidades que atraírem e concentram os insetos de que elas se alimentam, também nós homens evoluímos e começamos a usar a electricidade para nosso proveito.
- Como a vida perto dos homens trouxe novos riscos para a andorinha (a destruição dos ninhos e a proximidade ao gato doméstico por exemplo), também o uso directo da electricidade trouxe o risco acrescido de choques mortais para o homem.
- Como as andorinhas criaram regulamentos (se quiser  pode-se chamar instinto ou ensinamento intergeracional mas não deixa de ser um regulamento, só não está escrito porque elas ainda não expressam assim tanto) para reduzir o mais possível o risco de serem mortas por predadores, também nós homens criamos regulamentos para reduzir o máximo possível dos riscos associados ao uso da electricidade.
- Tal como a andorinha está em evolução constante também os seus regulamentos evoluem para se adaptar às novas condicionantes e riscos. No homem é exactamente a mesma coisa, estamos em evolução constante e ao mesmo tempo vamos lidando com novos riscos e por isso mesmo vamos também evoluindo os nosso regulamentos e as nossas medidas de segurança.
- Tal como a andorinha quando decide ignorar os seus regulamentos, não avaliar correctamente os riscos ou não adoptando atitudes para eliminar ou reduzir o risco merece um Darwin Award (porque ao morrer elimina um elemento que tem atitudes que potenciam o risco de extinção e como tal melhora as hipóteses do apuramento da espécie e consequente evolução), também o homem quando decide ignorar os regulamentos ou quando não assegura as condições necessárias para a sua segurança merece o eventual Darwin Award que recebe.